5 Razões Para Emerson Castro Deixar A Casa Civil De Rondônia

Promovido para a secretaria mais importante do governo de Rondônia, Emerson Castro é empresário, filho de uma das famílias mais tradicionais de Porto Velho e tem um bom relacionamento com o empresariado rondoniense. Entretanto, o atual secretário da Casa Civil não possui a experiência e a capacidade para assumir um cargo de tamanha importância. Suas experiências no poder público e histórias mal explicadas geram muita dúvida no povo rondoniense, que exige que o governador Confúcio Moura ofereça a pasta a alguém mais qualificado. Confira agora cinco motivos que provam que Emerson Castro não pode ser o secretário da Casa Civil:

1. Foi considerado o pior vice-prefeito da história de Porto Velho

Vice-prefeito de Porto Velho entre os anos de 2008 e 2012, Emerson Castro representou seu partido, o PMDB, na candidatura do petista Roberto Sobrinho. Recentemente, Emerson Castro foi batizado pelo jornal Cone Sul Notícias como “o pior vice-prefeito da história de Porto Velho”. O periódico analisa a atuação de Castro na vice-prefeitura como nula - “Se não fez, pelo menos não atrapalhou, é o que dizem as línguas felinas sobre Emerson Castro” – cita o jornal, que também afirma que Castro era omisso e subserviente, e por isso não emplacou nenhum projeto relevante em toda a sua administração. Por ser tão cordato e consentido, Emerson Castro foi “premiado” e se tornou um nome de confiança do governador Confúcio Moura. Bom para ele, péssimo para os rondonienses.

2. Quando foi secretário de educação, ameaçou os professores de Rondônia

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A indicação de Emerson Castro para a Secretária de Educação gerou muita confusão em 2013. Afinal, como um hoteleiro, que não tinha nenhuma experiência na área poderia ser responsável pela educação do estado e pela pasta de maior orçamento do governo?

O que parecia uma péssima ideia acabou se transformando em uma verdadeira catástrofe. Emerson teve uma gestão caótica, marcada pela falta de respeito aos profissionais da educação. Um dos grandes exemplos desse caos foi a greve nacional dos professores, organizada pela Confederação Nacional dos Profissionais de Educação (CNTE) em março de 2014.

A greve de três dias teve a adesão dos professores de Rondônia, que lutavam por melhores condições de trabalho, melhorias na qualidade do ensino público e salários mais dignos. Demonstrando pouco conhecimento da legislação e dos direitos trabalhistas, Emerson Castro foi acusado pelo sindicado dos professores de ameaçar os profissionais de educação para que eles voltassem ao trabalho.

Para isso, Castro se utilizou de um memorando que não se encaixa na constituição para colocar os sindicatos contra os professores, ordenando que os diretores da escola descontassem do salário dos professores todas as ausências oriundas da greve. A medida pegou muito mal não só com os professores como também com outros colaboradores da secretaria de educação.

As ameaças aos professores comprovaram o que se suspeitava desde o início de sua gestão na pasta da educação. Emerson Castro não possuía nenhuma experiência na área e não sabia como lidar com profissionais de educação.

3. Sua esposa tem contratos suspeitos com o governo do estado

Rondônia Agora

Não satisfeito em ganhar muito dinheiro no setor privado, Emerson Castro encontrou uma maneira de tornar o setor público um meio muito lucrativo. Para isso, contou com a ajuda da esposa, a socialite Binha Castro, que também se tornou empresária e mantém contratos de centenas de milhares de reais com o governo estadual.

Proprietária da empresa Lumiar Consultoria e Administração Ltda, Binha Castro ganhou recentemente um contrato de R$ 623.376,00 com o governo do estado. Todo esse dinheiro seria pago para a Lumiar para lavar lençóis, toalhas e jalecos utilizados no hospital AMI, localizado na zona sul de Porto Velho.

Com a licitação ganha e o dinheiro chegando no bolso da família Castro, o desembargador Gilberto Barbosa percebeu uma “pequena” irregularidade que suspendeu a licitação. A empresa de Binha, a Lumiar, possui o alvará para atuar como empresa de consultoria e administração, ou seja, não teria a menor condição de disputar e muito menos vencer uma licitação que envolve serviços de lavanderia.

Atualmente, a empresa de Consultoria e Administração da esposa de Emerson Castro oferece serviços de café da manhã, almoço e jantar e também lava roupas hospitalares para o governo do estado, recebendo quantias substanciais do poder público.

4. Emerson Castro tem pouca experiência no setor público

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Mesmo passando por três secretarias de governo de Confúcio Moura, Emerson Castro possui pouca experiência no setor público e conquistou seus principais cargos por meio de indicação, ou seja, passou por poucas experiências eletivas em sua curta carreira política.

Eleito vereador em dois mandatos, Emerson Castro foi vice-prefeito e depois colecionou cargos de indicação. Isso significa que ele possui pouca experiência na administração pública, afinal, nunca foi eleito para cargos realmente relevantes, algo que preocupa o povo de Rondônia, pois agora, Emerson Castro assumiu a Secretaria da Casa Civil, um dos cargos mais importantes do Governo do Estado de Rondônia, que exige experiência, pulso firme e conhecimento do setor público, itens que passam bem longe do currículo de Emerson.

5. Emerson Castro, onde você quer ficar: no setor público ou privado?

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Empresário de sucesso reconhecido no setor privado, Emerson Castro e sua família possuem uma rede de hotéis, casas noturnas e outros negócios em Porto Velho e demais cidades de Rondônia.

Mesmo com tanto sucesso no setor privado, Emerson queria mais, por isso ingressou no PMDB e no setor público, atuando como vereador, depois vice-prefeito e passeando pelas secretarias do governo de Confúcio Moura. Mesmo sendo um profissional experiente no setor privado, Castro não entendeu que aliar a gestão de negócios do setor público com a vida de executivo do setor privado não é algo ético. Além de conflitos constantes entre o público e o privado, é muito comum ouvir histórias de empresários que se beneficiam do poder no setor público para engordar suas contas e enriquecer suas empresas por meio da prestação de serviços.

Como vimos acima, a esposa de Emerson, Binha, já possui uma série de contratos com o governo de Rondônia, e a família se beneficia diretamente do dinheiro que a “empresária” ganha com diversos serviços prestados ao governo de Rondônia.

Já as empresas de Emerson Castro, mesmo não tendo contratos com o governo, colocam o secretário em uma situação no mínimo conflituosa.

Atualmente, Emerson Castro é o homem forte do governo de Confúcio Moura, assumindo a Secretaria da Casa Civil. Não é preciso ser um grande especialista em política para saber que o cargo é importante, afinal, o secretário da Casa Civil é o braço direito do governador, o que significa muito trabalho, grandes tomadas de decisão e dedicação integral ao povo de Rondônia.

Feitas as devidas observações, uma pergunta fica no ar: Como é que um empresário que se dedica ao setor privado, com hotéis, boates e prestes a inaugurar uma cervejaria no distante estado de Pernambuco será o secretário da Casa Civil de Rondônia?

Um cargo que exige dedicação exclusiva e reputação ilibada como esse merece muito mais do que um executivo que dedicará “meio período” ao governo e a população de seu estado.