Além Do 'Desproporcional É 7 A 1': Veja Ofensas E Gafes Diplomáticas

O Brasil ouviu grosserias do porta-voz de Israel. Chamar de "anão diplomático" é incomum, mas há ataques parecidos no mundo da diplomacia.

Telegraph.co.uk

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor rebateu as críticas feitas pelo governo brasileiro de "uso desproporcional" de força israelense na Faixa de Gaza com ironia, citando a humilhação sofrida pelo Brasil na Copa do Mundo. "Desproporcial é 7 a 1", disse, em frase digna de discussão entre alunos da 5ª B do seu colégio. Ataques deselegantes assim são incomuns, mas não são inexistentes no mundo da diplomacia.

Veja 6 casos de grosserias, ofensas, ataques infantis e também gafes do mundo da diplomacia:

“Não aguenta o calor, sai da cozinha”

Telegraph.co.uk

Na crise recente entre Ucrânia e Rússia, não faltam ofensas trocadas. O ex-ministro da defesa ucraniano Andriy Deshchytsia chamou o presidente russo Vladimir Putin de “idiota” e “imbecil” em mais de uma ocasião. Em uma delas, tomou uma resposta curiosa: Sergei Lavrov, ministro de relações exteriores da Rússia, disse que Deshchytsia era “descartável”. E completou: “se ele não aguenta o calor, que saia da cozinha”.

“Enxofre” e “lacaios”

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A Venezuela, desde os tempos de Hugo Chávez, tem dificuldades de manter relações diplomáticas com países aliados aos Estados Unidos. Chávez chegou a chamar o então presidente dos EUA George W. Bush de “diabo” em uma sessão na ONU. “Sinto cheiro de enxofre”, disse Chávez, ao discursar no mesmo local em que Bush esteve no dia anterior. Recentemente, o presidente Nicolás Maduro rompeu relações com o Panamá de maneira pouco elegante: “É um governo que serve de lacaio para os Estados Unidos”, disse. Ricardo Martinelli, presidente panamenho, ignorou os gritos de “iééééé” dos vizinhos, mas respondeu: “espero que nosso país-irmão encontre paz e fortaleça sua democracia”.

“Sem moral”

Greekreporter.com

“Os turcos são os últimos que podem querer pregar moralidade para Israel”. Ainda mais agressiva, embora igualmente menos imatura, que a declaração sobre os 7 a 1, a frase de outro diplomata israelense foi uma resposta à crítica feita pelo primeiro-ministro turco Reccep Tayip Erdogan por conta de uma operação militar de Israel em 2010. O governo turco classificou a frase como “adolescente”.

Camisinhas para o papa Bento XVI

G1.com.br

Era para ser uma piada interna, daquelas que você faz no escritório pelas costas do seu chefe, mas acabou vazando: funcionários do ministério das relações exteriores do Reino Unido criaram uma lista de atividades que seriam, digamos, “interessantes” para o papa Bento XVI durante uma visita ao país em 2010. A lista incluía abençoar um casamento gay, inaugurar uma clínica de aborto, lançar uma linha de camisinhas “beneditinas” ou criar um serviço telefônico de apoio a crianças que sofreram abuso sexual. Só piada light para Sua Santidade.

“Desejo” exagerado

NYT

Esse entra na lista das gafes: o então presidente americano Jimmy Carter levou uma rasteira do intérprete durante uma visita à Polônia. Carter queria dizer que gostaria de entender o desejo dos poloneses para o futuro. A tradução: “desejo f... os poloneses”. Obviamente Carter trocou o intérprete para o restante da visita.

Vômito no colo do premiê

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Mais uma gafe, e das grandes. Durante um jantar com o primeiro-ministro japonês Kiichi Miyazawa, o presidente americano George Bush (o pai) chamou o Hugo. No. Colo. Do. Premiê. Virou gíria: “bushu-shuru”, ou “fazer um Bush”, é sinônimo de vomitar no Japão.