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    5 VEZES EM QUE O "NÃO PODEM CHAMA-LO DE CORRUPTO" NÃO FUNCIONA

    Chamamos ele de machista e LGBTfóbico porque não podemos chama-lo de corrupto, será?

    Sempre que relembramos as diversas situações onde o deputado Jair Bolsonaro (PSC) mostrou o quão repugnante ele é, simplesmente tascam um foda-se e lançam aquele ridículo argumento “chamam de [insira aqui qualquer falta de bom senso] pois não podem chamar de corrupto”. É certo que as investigações de casos de corrupção no Brasil têm crescido tanto que o quesito honestidade hoje é um grande aspecto para apoiar pessoa X ou Y, entretanto, é triste ver que simplesmente tão usando isso como desculpa, como se justificasse apoios a políticos que defendem abertamente o ódio e a violência.

    Ou seja (se liga ai que é hora da revisão): se a pessoa cumprir nada mais nada menos que a obrigação dela de não ser corrupta, tá tudo bem dizer que se visse dois homens se beijando na rua ela iria agredir, que as minorias têm que se curvar às maiorias ou então desaparecerem, que o erro da ditadura militar foi ter matado pouco, ou falar pra uma colega parlamentar duas vezes que só não a estupraria pois ela não merece — tudo isso e muito mais é coisa dita e defendida pelo Bolsomito, ou seria melhor Bolsomico? Enfim, chamamos ele de muita coisa, inclusive de desonesto, vamos aqui citar alguns momentos que o mito mitou nas mitações:

    MITOU NO DESARMAMENTO DE FISCAIS AMBIENTAIS

    Jair Bolsonaro é autor de um decreto legislativo para proibir o uso de armas por fiscais ambientais — afinal, bandido bom é bandido morto, menos seus amigos latifundiários (muitos da bancada do boi) que exploram madeira e criam gado em áreas de proteção ambiental, caçadores, exportadores ilegais de animais silvestres ou multinacionais farmacêuticas praticantes de biopirataria.

    Criminoso mesmo é quem quer proteger o meio ambiente. Lembrando que o mesmo já foi pego praticando pesca ilegal (mitando na pescaria) em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, inclusive enfrentou processo no STF por conta disso (mas infelizmente não deu em nada por conta da imunidade parlamentar).

    MITOU NA LISTA DE FURNAS

    Acusado de receber 50 mil reais em propinas no esquema de caixa-dois em Furnas, não conseguiu explicar até hoje seu nome envolvido nessa maracutaia. Apesar de negarem, a “Lista de Furnas” teve autenticidade comprovada pela Polícia Federal, que concluiu “que a lista não foi montada e que é autêntica a assinatura que aparece no documento, de Dimas Toledo, ex-diretor de engenharia de Furnas”.

    MITOU NO DIBRE COM A GRANA DA FRIBOI

    Bolsonaro recebeu 200 mil reais da JBS S/A, investigada na operação “Carne Fraca”, em 2014 — em entrevista na Jovem Pan ele explica que devolveu o dinheiro para o partido (que mitou e o mandou a mesma quantia logo depois, é só conferir no TSE) mas acaba assumindo a propina.

    MITOU NÃO INDO BUSCAR O FILHO NA PAPUDA

    Recentemente, o renomado fotógrafo Lula Marques conseguiu registrar uma misteriosa conversa do deputado com seu filho, também parlamentar, Eduardo Bolsonaro, no Whatsapp, onde na prosa Jair diz para o filho comprar ”merdas por ai”, mas que não iria o “visitar na Papuda” [prisão do Distrito Federal], e depois fala que se a imprensa descobrir o que ele estava fazendo iriam “comer o fígado” dos dois.

    Depois deste escândalo, o mesmo tentou justificar dizendo que o filho estava comprando armas na Austrália — historinha muito mal contada e até engraçada por sinal: do nada o maior defensor do armamentismo na Câmara dos Deputados iria dizer “compre merdas por ai” por conta de seu filho, que é policial, estar comprando armas? E por que a imprensa “comeria o fígado” de um ex-militar e um policial (agora parlamentares) por qualquer ligação com porte de armas? Porque ele iria pra Papuda? ATA!

    MITOU NA INSTITUCIONALIZAÇÃO DO CABRESTO

    A única coisa que o deputado conseguiu aprovar no Congresso em quase 30 anos (está completando seu 7º mandato) foi uma emenda do “voto impresso”, que facilitaria a compra de votos e abriria grandes precedentes para volta dos tempos do voto de cabresto. A emenda pretendia criar um sistema que imprime um papel mostrando qual tinha sido o voto do eleitor ou da eleitora, o problema é que as pessoas poderiam ser coagidas a votarem em um candidato ou candidata e obrigadas a fotografar o papel antes de depositá-lo na urna, afim de comprovar em quem realmente tinham votado (principalmente em regiões de coronelismo no interior), assim como candidatos e candidatas corruptas que vendem votos poderiam exigir a comprovação da votação da mesma maneira, institucionalizando este esquema.

    Este último projeto foi vetado pela então presidenta Dilma Rousseff (PT) e quase todos outros projetos do deputado são rejeitados justamente por serem totalmente sem sentido e muitas vezes com intenções não muito boas — ele só se mantém firme até hoje na política graças às polêmicas que arruma há quase 3 décadas como parlamentar.

    Esse discurso sobre corrupção não é novidade alguma, essa mesma desculpa é muito usada para defender a eterna viúva de Bolsonaro — a Ditadura Militar — sendo que o golpe de 1964 ocorreu justamente por conta de propinas à comandantes do exército, e, durante todo período militar, apesar dos vários casos de corrupção, nada era divulgado por um motivo lógico: censura. Já deu para ver o antro de contradições que circunda Bolsonaro quando o assunto é honestidade, mas, infelizmente, sabemos que a maioria dos apoios vem de muito mais fundo dentro dessa cova e o combate contra a corrupção é usado apenas como pretexto, mas enquanto tivermos voz seguiremos denunciando: o mito será desmitificado!