Quatro presentes para resistir ao obscurantismo

Nesses tempos de coxinhas, mortadelas, esquerdopatas e bolsominions, a moda e o design são formas poderosas de expressão e de resistência. Se sua disposição é resistir à hecatombe obscurantista que nos assola, esse post é para você. Segue minha seleção para um armário progressista.

1. Calendário Distrito Drag 2019

Mídia Ninja

Já está à venda o CalenDrag 2019, lançado pelo coletivo brasiliense Distrito Drag no dia 20 de novembro no Museu Nacional da República, em Brasília (DF). Nesta segunda edição do calendário, as fotos das queens prestam homenagem a mulheres cis e trans que contribuíram com a política, a cultura e a história da humanidade. Entre elas, Elke Maravilha, Janaína Dutra (primeira travesti portadora de carteira profissional da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB), Madame Satã e Marielle Franco.

O CalenDrag 2019 é fruto de trabalho coletivo e colaborativo de designer, fotógrafos e artistas drag queen. Do valor arrecadado, 80% será revertido para organizações de atendimento a mulheres cis e trans – a União Libertária de Travestis e Mulheres Transexuais (Ultra) e Casa Frida. O valor restante será utilizado para projetos do Distrito Drag.

Preço: R$ 50 + taxa dos Correios

À venda nos canais do Distrito Drag nas redes sociais, no MimoBar e com Wagner Lucena pelo telefone [phone]

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2. Camisa Social

Via Facebook: acamisasocial

Marca de Brasília com estampas originais com impressão digital para divulgar temas sociais com viés progressista. É fruto de uma parceira com o portal Socialista Morena. Também atende a pedidos da clientela, como a estampa #EuAvisei. As fotos das estampas com nomes de espaços públicos sintetiza bem a proposta da lojinha, de propor reflexões sobre a realidade. Parte da renda vai para o portal progressista da Cynara Menezes e outra para movimentos sociais, como o acampamento Lula Livre, em Curitiba (PR).

Camisetas e bonés 100% algodão.

Preços variam entre R$ 52 e R$ 69

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3. Golpe Store

Loja virtual nascida no Recife (PE) que também aposta nos temas sociais com viés progressista para passar sua mensagem de resistência. Eu ganhei uma amarela da U.R.S.A.L (União das Repúblicas Socialistas da América Latina) da querida amiga pernambucana e relações públicas da U.R.S.E.N.E (URSAL - Nordeste), Juliana Cavalcanti. Ela presenteou um grupo de 15 amigos que se reúnem anualmente em algum lugar do Brasil para celebrar a amizade e o afeto de duas décadas. Virou nosso símbolo para os próximo anos.

Outra estampa que adoro é a feita pela Dani Acioli - outra amiga pernambucana de quem sou fã e foi tema de post no meu blog. O desenho simboliza a resistência feminina ao conservadorismo tóxico.

R$ 40 = camisetas

R$ 11 = boné do Movimento dos Sem Terra (MST). O valor das vendas é integralmente revertido ao movimento, exceto a taxa de administração dos cartões de crédito e débito.

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4. Think Blue Upcycled

Agência Fotosite / Via Instagram: @agfotosite

A marca resgata calças jeans abandonadas e as transforma em novas roupas, com mais valor e menos impacto com o uso da técnica de Upcycled. Causou sensação durante a segunda edição do Brasil Eco Fashion Week, ao desfilar com cartazes com as frases preconceituosas do presidente eleito. Mas é preciso planejamento para ter uma peça dessas, já que a marca é adepta do slow fashion, produz pouquíssimas peças de cada modelo.

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5. Tengo un corazón

A marca Tengo Un Corazon produz corações anatômicos para bater fora do peito. As peças são desenvolvidas pela designer Denize Barros e seu parceiro, o artista plástico Marcio Azevedo. Juntos, criam, modelam, pintam e dão vida aos pingentes, todos únicos e feitos a mão. Para além das peças, os ensaios fotográficos produzidos pela marca, une artistas e fotógrafos em torno de imagens inspiradoras, repletas de amor e drama. Em celebração ao 70 anos do personagem do Carnaval pernambucano La Ursa, a marca lançou um novo pingente que acabou virando símbolo da U.R.S.A.L.

Preço: a partir de R$ 180. Encomendas via redes sociais.

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