Gifs Para Garantir A Segurança Dos Pequenos | Quedas

Porque viralizar dicas de segurança é importante. E porque gifs são muito legais

A infância... ah, a infância! Já diria o poeta Casemiro de Abreu:

Oh! Que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

E é por isso também que é nesta fase que somos mais vulneráveis a acidentes.

Estes seres-humaninhos não são réplicas em miniatura dos adultos. Eles têm os corpos mais frágeis, mais dificuldades com equilíbrio e força e o principal: uma capacidade limitada de reconhecer e se livrar de situações que apresentam perigo.

Pensando nisso e no poder memeal dos gifs, há algumas dicas que podem ajudar na prevenção de quedas. Afinal, 90% dos acidentes podem ser evitados e esperamos que todos possam ter uma infância digna dos versos de Casemiro.

Quedas

Tumblr / Via GIPHY

Quedas são as principais causas de internação de crianças e adolescentes de zero a 14 anos no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, só em 2017, foram 51.928 hospitalizações de pacientes nessa faixa etária.

Cair faz parte, mas há quedas e há acidentes sérios que podem ser evitados. Por isso, aqui vão dicas (e memes) para ajudar nessa missão:

Dicas:

Reddit / Via GIPHY

* Escadas, lajes e sacadas não são lugares seguros para as crianças brincarem. Nunca. Nem a Rapunzel ficava perto da sacada nessa idade, por isso, evite;

* Também vale instalar portões de segurança no topo e no final de escadas, evitando o acesso dos pequenos. São seres humanos e não carrinhos de controle remoto que controlamos a direção e podemos tirar as pilhas. Eles correm, andam, descobrem e estão se desenvolvendo. Nosso papel é garantir que eles virem adultos sãos e salvos para cuidar das próximas crianças – não necessariamente filhos, vale enfatizar – que vêm por aí;

* O uso de grades ou redes de proteção em janelas, sacadas e mezaninos também é indispensável - nunca se sabe quando eles vão brincar de Homem-Aranha, não é mesmo? O vão entre as redes de proteção e as paredes ou sacadas deve ser de, no máximo, 6 cm;

* Móveis perto das janelas: é melhor não. Nunca se sabe quando eles vão brincar de Homem-Aranha²;

* Pisos escorregadios e tapetes também são vilões. Os mocinhos, no caso, são os adesivos antiderrapantes;

* Beliches são legais - dá para construir fortes e cabanas. Mas não é recomendável deixar que crianças menores de seis anos durmam na cama de cima. Se não houver jeito, o ideal é instalar grades de proteção nas laterais;

* Sabe quando você está descalço e pisa num brinquedo pontiagudo e quase cai? Então, algumas crianças podem cair. Por isso, a regra mágica: “Terminou de brincar? Então vale guardar”;

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* Nem todos nós somos como aquele pai que colocou o bebê na cômoda para trocá-lo, o pequeno virou e num reflexo, ele conseguiu pegá-lo e evitar o pior. Não vale tentar bancar o Taffarel na Copa de 1994. Nunca, jamais, em hipótese alguma coloque o bebê conforto – e nem o próprio bebê – em lugares altos, com superfícies lisas e escorregadias, como mesas e balcões;

* A dica de cima também vale para o momento da troca de fraldas, uma atividade multidisciplinar: exige agilidade, desenvoltura, equilíbrio, coordenação motora e altas doses de instinto de sobrevivência quando a situação da fralda é crítica. Vale manter sempre uma mão segurando o bebê durante o processo e não vale tentar bancar o Taffarel na Copa de 1994²;

* Quem nasceu até o início da década de 1990 deve ter, em alguma caixa perdida, uma foto de bebê usando o andador. Fofo, né? Mas o uso desse dispositivo não é aconselhado pela Sociedade Brasileira de Pediatria. Além de comprometer o desenvolvimento saudável da criança, pode causar quedas graves.

Brincando na rua:

Cheezburger / Via GIPHY

Se há uma certeza da infância é que as lembranças das brincadeiras de rua vão se propagar para toda a vida. Jogar bola, andar de bicicleta, de skate, carrinho de rolimã, pega-pega, esconde-esconde, taco...

Com uma infinidade de possibilidades, há também muitos cuidados para evitar que um simples ralar de joelhos – talvez o ferimento mais conhecido durante a aurora da vida – seja algum incidente mais grave.

Por isso, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê, sempre vale:

* Quando os pequenos quiserem correr portão à fora para brincar, vale conferir se todos os brinquedos serão usados em ambientes seguros. Escada, piscina, lago, rua etc. não são lugares apropriados para andar de bicicleta, patins, skate, carrinho de rolimã ou patinete;

* “Mas mãe, eu só vou até ali, preciso de capacete?” Sim, eles vão argumentar, mas o capacete é fundamental – para crianças e adultos, diga-se de passagem. O uso do equipamento pode reduzir o risco de lesões na cabeça em até 85%;

* Olho na criançada quando estiverem brincando nos parquinhos. Lembre-se do filme “Ninguém Segura este Bebê”: o Bebê Bink teria voltado mais cedo para os pais se as pessoas estivessem atentas a um bebê andando sozinho por aí;

* Antes de atender aos apelos da meninada para ir ao parquinho, é preciso conhecer bem esses locais. Verifique se os equipamentos estão enferrujados, quebrados ou contêm superfícies perigosas. Além disso, há brinquedos e instalações apropriados para cada faixa etária. Mesmo que a criançada se chateie, chore, faça bico, nós somos os responsáveis pela segurança deles e indicar quais são as instalações adequadas para cada idade contribui com essa missão;

Huffingtonpost / Via GIPHY

* Crianças caem até paradas. Como a cabeça tem a proporção maior (tão bonitinhas por isso!), o equilíbrio ainda está se desenvolvendo e pequenas quedas podem ocorrer. Nessas horas em que a gravidade 10 na Terra age nos pequenos corpos, o piso que absorve impacto é um grande aliado.

* Vale: gramado, piso emborrachado e até areia fina.
* Não vale: concreto ou pedra;

* “Eu vou primeiro” “Não, eu que vou” “Não, eu” – pronto. Precisa pouca coisa para começar o empurra-empurra, amontoado e encontros no parquinho. Aqui, é aquela regra de convivência básica de ensinar as crianças a não fazerem isso. E alguns adultos, no transporte público, também.