Para chegar ao 2º turno, candidatos em SP tentam roubar o match dos outros

    Nesta sexta, Doria, Marta e Russomanno fizeram agendas em regiões periféricas; Haddad colou em Lula. Eleitorado volátil, voto útil e até desconhecimento do número podem definir adversário de tucano.

    A eleição de São Paulo chega à sua reta final com um quadro altamente volátil, onde movimentos de última hora, como o crescimento do voto útil, podem definir quem será o adversário de João Doria no segundo turno.

    Celso Russomanno (PRB), Marta Suplicy (PMDB) e Fernando Haddad (PT) disputam a vaga remanescente para o virtual mata-mata contra o tucano, líder isolado segundo o Ibope e o Datafolha.

    A última pesquisa Datafolha, colhida no dia 26 de setembro, retratou a possibilidade, admitida por um terço dos eleitores, de mudar o voto na reta final.

    Ainda não houve divulgação de nenhuma pesquisa após o debate promovido pela TV Globo para definir se o último confronto entre os candidatos teve ou não algum peso no convencimento dos eleitores.

    O líder: João Doria (PSDB)

    Ibope: 28%

    Datafolha: 30%

    João Doria fez campanha nesta sexta na zona leste de São Paulo. Na região formada por Guaianases, Cidade Tiradentes e Itaim Paulista, tem seu pior desempenho na cidade (17%), estando atrás de Russomanno (25%) e Marta (21%), segundo o Datafolha.

    Nesta sexta, o tucano chegou ao mercado de Guaianases, enfrentando uma batalha de bandeiras de cabos eleitorais além de uma confusão de eleitores tucanos que queriam abraçá-lo.

    Doria tentou caminhar pelo mercado, mas ficou difícil a movimentação das pessoas, que o cercavam para tirar fotos. Além disso, logo se juntaram os cabos eleitores de um vereador petista que tem base eleitoral na região.

    Os cabos eleitorais gritavam "Fora Doria". Não houve agressões, mas a agenda foi abreviada para 20 minutos e Doria acabou dando sua entrevista coletiva em outro lugar da cidade.

    O 2º colocado: Celso Russomanno (PRB)

    Ibope: 22%

    Datafolha: 22%

    Ex-líder isolado nas pesquisas, Russomanno luta para estancar a sangria de votos captadas pelas pesquisas eleitorais. Russomanno enfrentou semanas de forte artilharia de Marta Suplicy na TV, sendo desgastado pela acusação de não respeitar os direitos trabalhistas de um bar em Brasília do qual era sócio e quebrou.

    Nesta sexta, Russomanno fez campanha no conjunto habitacional Teotônio Vilela, na região de Sapopemba, extremo leste de São Paulo, onde ainda lidera.

    O candidato tem sua fortaleza entre eleitores de 25 a 34 anos, entre quem concluiu da 5ª à 8ª série e também entre aqueles com renda familiar de até 2 salários mínimos, segundo o Ibope.

    A 3ª colocada: Marta Suplicy (PMDB)

    Ibope: 16%

    Datafolha: 15%

    Marta definhou nesta campanha eleitoral e chegou à reta final tendo o seu recall de prefeita (2001-2004) como um trunfo nas periferias, mas enfrentando forte contestação após a mudança de partido.

    O instituto Datafolha captou dois problemas adicionais para a prefeita: metade de seus eleitores admitiam mudar de voto até a eleição e dois terços dele não sabiam ou erravam o seu número.

    Nesta sexta (30), Marta visitou a comunidade Capadócia (zona norte), área pública invadida em que cerca de 3.000 famílias vivem. Ela prometeu urbanizar o local, caso seja eleita.

    O 4º colocado: Fernando Haddad (PT)

    Ibope: 13%

    Datafolha: 11%

    Mais rejeitado entre os competidores, o prefeito Fernando Haddad vem crescendo nas últimas semanas. Sua esperança é repetir 2012, quando estava fora do segundo turno, segundo as pesquisas (embora num patamar mais alto que o atual) e virou o jogo. Passou para a etapa final e suplantou José Serra.

    Haddad tem se vendido nas últimas semanas como único candidato de esquerda que pode chegar ao segundo turno, visando crescer em cima de parte do eleitorado vacilante da ex-petistas Marta Suplicy e, principalmente, tentando desidratar Luiza Erundina (Psol). Joga tudo no voto útil para obter um sprint na reta final.

    Nesta sexta, o prefeito Fernando Haddad (PT) convocou sua militância para a caminhada no centro de São Paulo, ao lado do ex-presidente Lula. Lula, Haddad, sua mulher, Ana Estela, o candidato a vice, Chalita ficaram em um caminhãozinho enquanto uma multidão os acompanhava cantando jingles da campanha e sacudindo bandeiras.


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