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Presidente do PDT diz que ajuda de Ciro a Haddad não vai passar do “apoio crítico” mesmo

Candidato do PT disse hoje que vai pedir "mais empenho" do PDT em sua campanha.

Se depender do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, Ciro Gomes não subirá em palanque nem gravará vídeo ao lado do candidato Fernando Haddad (PT) nesta eleição. Lupi, ex-ministro do governo Lula, afirmou que Ciro retorna ao Brasil na quinta-feira, mas que não se deve esperar dele e do partido mais do que já foi anunciado na semana passada, o chamado "apoio crítico" ao petista.

Nesta segunda-feira, Haddad disse que, se dependesse dele, um encontro com Ciro já teria sido agendando "para ontem".

A pressa, no entanto, não está na agenda do pedetista. "Setenta por cento do eleitorado do Ciro já está com Haddad. Já demos nossa declaração de voto. Vamos continuar tentando convencer nossos eleitores a não votar no Jair Bolsonaro. E é isso", disse Lupi ao BuzzFeed News, enquanto se preparava para dar um apoio explícito ao candidato do PSB ao governo paulista, Márcio França.

O encontro com França aconteceu em um sindicato de São Paulo. Foi por esse evento, disse Lupi, que o presidente do PDT declinou do convite da presidente petista, Gleisi Hoffmann, de participar em Brasília do encontro da chamada frente democrática do PT — frente que, por enquanto, conta com a coligação PT, PC do B e Pros, e com o PSOL, de Guilherme Boulos, e a direção do PSB.

O "apoio crítico" do PDT foi antecipado por Lupi ao BuzzFeed News, em entrevista na semana passada. Mas a expectativa dos petistas era que o apoio ganhasse algum vigor. Haddad afirmou hoje que vai pedir "mais empenho" dos pedetistas.

"Ciro volta na quinta-feira e daí vamos ver [como será sua atuação nas duas semanas do segundo turno]. Ele está viajando, mas nos falamos todos os dias", disse Lupi.

Lupi afirmou que tão logo termine a eleição, lançará a candidatura de Ciro a presidente para 2022: "A partir de janeiro, vou viajar o país todo para começar a campanha". O presidente do PDT negou que, mesmo que Haddad acene que desistiria de reeleição em favor de Ciro, o apoio ao PT seja mais do que o "crítico".

"Não teve essa conversa. Não queremos nada", disse ele.

A relação do PT com o PDT ficou abalada na composição da coligação para o primeiro turno, quando os petistas conseguiram neutralizar o esperado apoio do PSB a Ciro. O PT não levou o PSB, mas garantiu a "neutralidade".

Ciro fica também refém de declarações que deu durante o primeiro turno, quando afirmou que não haveria mais possibilidade de união com o PT depois de ter apoiado Luiz Inácio Lula da Silva por 14 anos.

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