A cúpula do PDT e os principais candidatos do partido de Ciro Gomes fecham na quarta (10) o que o presidente da legenda, o ex-ministro Carlos Lupi, chamou de "apoio crítico" a Fernando Haddad (PT) no 2º turno contra Jair Bolsonaro (PSL).
O encontro será em Brasília e deve selar o que já havia sido sinalizado por Ciro depois de sua derrota, quando o pedetista afirmou que sua posição era "ele não", em relação a Bolsonaro.
"Nossa proposta é de apoio crítico a Haddad, mas sem compor com um governo petista, caso ele seja eleito agora no segundo turno. Vou trabalhar para que isso dê certo", disse Carlos Lupi ao BuzzFeed News.
O apoio já era esperado pelos petistas, apesar de algumas farpas trocadas entre os dois candidatos nos debates de TV.
A avaliação dos estrategistas do PT era que nem mesmo a declaração de sua presidente, Gleisi Hoffmann, de que "Ciro não passa no PT nem com reza brava", impediria uma aliança de segundo turno, dado o histórico tanto do PDT quanto de Ciro de compor com os petistas.
Ontem, após a apuração dos votos, Haddad ligou para Ciro para cumprimentá-lo. Também ligou para Guilherme Boulos (PSOL). Foi o passo inicial da composição de segundo turno. Boulos, ontem à noite mesmo, já declarou pelo Twitter o apoio ao petista. Haddad também recebeu telefonema de Marina Silva (Rede).
Fizemos uma campanha de cabeça erguida e plantamos sementes para o futuro. Agradecemos a todos que depositaram seus sonhos nas urnas votando 50. Agora estaremos nas ruas para derrotar o fascismo e eleger quem representa a democracia no segundo turno: Fernando Haddad. #EleNao