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Gilberto Carvalho, ex-ministro de Lula, diz que delação de Palocci "é palavra de desesperado"

Petista atacou Palocci, dizendo que ele perdeu "qualquer escrúpulo", e defendeu José Dirceu, afirmando que compará-lo a Mourão é "ofensa profunda".

Conselheiro de Fernando Haddad (PT), o ex-ministro do governo Lula Gilberto Carvalho disse ao BuzzFeed News que a delação do também ex-ministro petista Antonio Palocci é "a palavra de um desesperado que busca a liberdade para poder viver com os milhões que amealhou".

Parte do conteúdo da delação foi divulgada hoje dentro do processo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva responde por corrupção e lavagem de dinheiro por conta de um sítio em Atibaia (SP). Carvalho e Palocci já foram próximos e sempre circularam no núcleo mais fechado do ex-presidente petista.

"Infelizmente, Palocci perdeu qualquer escrúpulo", disse Carvalho, por telefone, ao BuzzFeed News. "Me recuso a condená-lo por fazer a delação porque a gente não sabe como repercute em uma pessoa a privação da liberdade".

Do Rio de Janeiro, onde acompanhava Haddad em um ato de campanha, Carvalho disse avaliar que a delação não terá impacto sobre os eleitores. "Não acredito em repercussão eleitoral porque é mais do mesmo. O único papel dessa delação divulgada agora [a seis dias do primeiro turno] é mostrar quanto há uma partidarização da Justiça e a que ponto o juiz Sergio Moro se presta a fazer isso."

Gilberto Carvalho também falou sobre outro ex-ministro do governo Lula que apareceu nos últimos dias com declarações polêmicas, José Dirceu, condenado no mensalão e na Lava Jato.

Dirceu tem sido comparado ao candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), general da reserva Hamilton Mourão. A semelhança se daria pelos dois causarem problemas para seus candidatos.

"Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição", disse Dirceu em uma entrevista na semana passada ao jornal El País. Ele respondia que não via possibilidade de o PT vencer as eleições "e não levar".

Dirceu defendeu também o fim do poder de investigação do Ministério Público. Para ele, essa função deveria ser exercida apenas pelas polícias.

"É uma ofensa profunda chamá-lo de Mourão", disse Carvalho sobre José Dirceu.

Para o conselheiro de Haddad, as frases de Dirceu não causam impacto nos eleitores do petista. "Dirceu não é vice de Haddad. Sequer está na campanha. E tem todo o direito de falar o que quiser. O PT não vai ficar monitorando. A palavra do Zé não é oficial do partido. É sua opinião", disse Gilberto Carvalho.

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