Em julho, chanceler José Serra disse que vitória de Trump seria um "pesadelo"

    Em entrevista, o chefe da diplomacia brasileira disse que torcer pelos democratas nos EUA era "querer o bem do mundo". Agora, Serra mudou o discurso. Presidente Michel Temer parabenizou Trump pela vitória.

    Numa entrevista ao jornal Correio Braziliense em julho, o chanceler José Serra rompeu o tom de distanciamento comum às declarações da diplomacia brasileira sobre outros países e disse que a possibilidade de Donald Trump Trump era um "pesadelo".


    Na ocasião, o ministro afirmou que jogava o "jogo do contente" esperando que o pesadelo não se materializasse.


    Ele foi além e disse que torcer contra Trump era questão de "ser sensato" e de "querer o bem do mundo".

    Aqui a declaração completa de Serra ao ser indagado se preferia Donald Trump ou Hillary Clinton na Casa Branca:

    Eu considero a hipótese do Trump um pesadelo. Pesadelos, às vezes, se materializam? Se materializam, mas eu prefiro não pensar nisso, fazer o jogo do contente. Eu, nos EUA, sempre torci pelos democratas, no atacado. Não que os republicanos tenham sido sempre desastrados, mas sempre fui democrata lá, contudo, agora não se trata nem de ser democrata, trata-se de ser sensato, de querer o bem do mundo. Todos que querem o bem do mundo devem apoiar a Hillary, a meu ver.

    Nesta quarta (9), um dia depois da vitória do Donald Trump, o chanceler deixou para trás sua opinião sobre o republicano. Ele disse que "o Brasil não fez parte da campanha nem de Hillary nem de Trump". Questionado se a eleição havia sido o um pesadelo, ele saiu na brincadeira.

    "Eu estive acordado e a gente só tem pesadelo dormindo", disse ele, que passou a noite trocando telefonemas com o embaixador brasileiro em Washington, Sérgio Amaral.

    Depois, Serra se explicou:

    "Agora, tendo o resultado da eleição num sistema democrático, nós vamos olhar os interesses do nosso país, fazer votos para que ele se saia bem e abra posições posições em relação ao mundo, América Latina e Brasil."

    "(O Brasil) não foi objeto de controvérsias, não foi objeto de disputas, não foi objeto de nenhum tipo de qualificação quanto a medidas. E o fato de não ter estado no centro dos acontecimentos do ponto de vista do pós-eleição é positivo", avaliou Serra, que quer aprofundar a relação entre os dois países.

    O presidente Michel Temer enviou uma carta para parabenizar Trump pela vitória eleitoral. O tom de Temer, protocolar, frisa o histórico relacionamento entre Brasil e Estados Unidos.

    (AI) #Nota Presidente Michel Temer envia mensagem ao presidente eleito dos EUA @realDonaldTrump https://t.co/OYbBDWhvm7

    Aqui a íntegra do texto:



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