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Deputado que contratou influenciadores no "mensalinho do Twitter" é processado

Ministério Público Federal quer que ele fique inelegível e o acusa de abuso do poder econômico. Procuradoria não cita os influenciadores no processo.

Dono das empresas que contrataram influenciadores digitais para publicar comentários favoráveis a candidatos do PT no Twitter, o deputado Miguel Corrêa Jr. (PT-MG) foi denunciado nesta sexta-feira (14) pelo Ministério Público Federal Eleitoral sob acusação de abuso de poder econômico. Corrêa foi candidato derrotado ao Senado em Minas. A Justiça Federal ainda não se manifestou.

O episódio ficou conhecido como "mensalinho do Twitter" e envolveu o nome de diversos influenciadores digitais que foram contratados para fazer uma campanha pró-petistas sem revelar a seus seguidores que estavam sendo pagos por isso.

O Ministério Público ingressou com a ação na Justiça Federal requerendo a inelegibilidade do deputado petista. Também é denunciada no processo a sócia do deputado, Lídia Alves Martins. Isso porque a estratégia de divulgação dos posts de elogios foi feita por empresas controladas por seu grupo empresarial: Fórmula Tecnologia, Follow Análises Estratégicas, Beconnected Tecnologia, Golz Tecnologia.

As empresas criaram um aplicativo de distribuição de notícias e mensagens positivas sobre os candidatos do PT chamado "O Brasil Feliz de Novo". Também arregimentaram diversos influenciadores digitais que passaram a publicar no Twitter mensagens favoráveis a alguns candidatos, como o governador reeleito do Piauí, Wellington Dias.

De acordo com o Ministério Público Federal de Minas, a investigação foi fatiada por estados em que os candidatos teriam sido beneficiados pelo esquema.

Em agosto, o BuzzFeed News revelou a minuta de um contrato de prestação de serviços que seria assinado entre um influenciador digital e uma das empresas controladas por Miguel Corrêa Jr.

O Ministério Público Federal não confirmou se, para o processo, ouviu o testemunho dos influenciadores digitais.

Em resposta à reportagem, o deputado Miguel Corrêa afirmou ser inocente. Ele disse "não dever ninguém, não ter condenação, não estar em lista, ou delação, e no final (pois não é possível que seja coincidência) não haverá condenação". E concluiu: "Meus passos estão no rigor das leis, regras e éticas sociais".

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