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E os candidatos de centro, em baixa nas pesquisas, se uniram para bater em Bolsonaro e Haddad

Debate na Record, a uma semana do dia de votação, mostrou Ciro, Alckmin, Marina e Meirelles se revezando nas críticas a Bolsonaro (ausente) e Haddad.

A uma semana do dia de votação, os candidatos a presidente que se apresentam como moderados — Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), que, juntos, somam 28% das intenções de voto no último Datafolha — se revezarem nos ataques a Jair Bolsonaro (PSL, 28% no Datafolha) e Fernando Haddad (PT, 22%) no debate da TV Record.

Foram alfinetadas para todos os gostos. Ciro disse que foi ao debate anterior "com uma sonda na perna", pois tinha acabado de passar por um procedimento cirúrgico, "em respeito ao eleitor" — e observou que Bolsonaro, que teve alta sábado (29) do hospital, continuava ausente.

Em 6 de setembro, Bolsonaro foi esfaqueado em evento de campanha em Juiz de Fora (MG). Estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Bolsonaro fala grosso, mas tem hora que amarela, e amarela mesmo”, disse Marina. "Já está com medo de perder."

Tentaram caracterizar os líderes das pesquisas como dois extremos radicais. “Nem os radicais de esquerda, nem os radicais de direita", disse Alckmin. “PT e Bolsonaro são cabos eleitorais um do outro”, disse Marina.

Marina criticou o candidato petista em diversas ocasiões. Disse que "Dilma e Temer fraudaram as eleições" de 2014, que o PT quer controlar a imprensa e o Judiciário e que Haddad já falou em convocar uma nova constituinte.

Ciro também bateu forte em Haddad, muito mais do que no debate anterior. Disse, ao comentar afirmação do petista sobre a necessidade de refazer a Constituição, que Haddad "não acredita em uma única palavra do que acaba de dizer". Também disse que ele está escalado pelo PT para fazer "uma vingança".

Bolsonaro foi atacado pelas declarações de seu vice, o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB), e de seu "posto Ipiranga" para assuntos econômicos, Paulo Guedes.

Marina falou que Bolsonaro vai "acabar" com o 13º salário e recriar a CPMF. Meirelles disse que Bolsonaro "não gosta muito" do Bolsa Família e de que mulheres ganhem o mesmo que os homens, além de lembrar a frase de Mourão sobre o 13º e a de Guedes sobre um imposto nos moldes da CPMF.

Ciro comparou a frase de Mourão sobre uma constituinte feita por "notáveis" com a proposta do PT, e Haddad se defendeu. Disse que não tem nada a ver com a ideia de Mourão. "Meu compromisso com a democracia não é de hoje. Repudio todos os governos autoritários, de direita e de esquerda", disse o petista.

Os atos de mulheres contra Bolsonaro, no sábado, também foram lembrados pelos candidatos. Guilherme Boulos (PSOL) abriu sua fala com "primeiramente, ele não". Alckmin também saudou as mulheres que protestaram contra o candidato do PSL.

Foi o penúltimo debate na TV entre os candidatos à Presidência. O último é o da Globo, no dia 4. Bolsonaro também não deve participar.

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As imagens impactantes dos protestos das mulheres contra Bolsonaro pelo Brasil

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