No julgamento do caso Fifa, em Nova York, já teve muita coisa: propina para cartolas, choro, grampos feitos às escondidas. Mas ninguém imaginava que a procuradoria fosse chamar como testemunha nesta quinta-feira (7) Kevin Jonas, do Jonas Brothers, para depor no tribunal.
Não, o rapaz não está envolvido em esquemas e não é suspeito de nada. A história é, no mínimo, incomum para um tribunal.
Um dos fatos investigados pelo FBI é se Juan Angel Napout, ex-cartola da associação paraguaia de futebol, tinha recebido ingressos para um show do Paul McCartney na Argentina, em 2010.
Sim, o ex-Beatle.
Acontece que os advogados do cartola colocaram em dúvida a própria realização do show como forma de se esquivar de responder se o cliente tinha ido ao show e quem tinha pago.
Os procuradores resolveram então provar que o show tinha acontecido. Como?
Chamar como testemunha uma pessoa que assistiu ao show — entre as milhares que lá estiveram. Quem?
Kevin Jonas e seu grupo iam tocar em Buenos Aires dois dias depois e aproveitaram para assistir ao show do Paul.
Então coube a Kevin explicar, em juízo, que, sim, o show tinha acontecido (e que tinha sido bom demais, claro). Ele, obviamente, disse que não viu nem lembra do tal cartola paraguaio.
"Qualquer oportunidade de ver Paul McCartney é bastante especial", disse o rapaz.
O depoimento de Kevin Jonas, é verdade, foi curto. Mas ainda deu tempo de ele contar à juíza que pegou trânsito e, por isso, perdeu a abertura do show do Paul.