O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto (PMDB-MA), decidiu arquivar o pedido de cassação do mandato de Aécio Neves (PSDB-MG) apresentado pela Rede e pelo PSOL ao colegiado.
O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) já redigiu um recurso contra a decisão e está coletando assinaturas – precisa de cinco – para que o colegiado volte a analisar a decisão do presidente do conselho.
No despacho pelo arquivamento, o presidente do Conselho de Ética diz que Aécio e sua irmã, Andrea Neves, só estavam tentando vender um apartamento para o empresário e delator Joesley Batista, do grupo J&F (dono da JBS). Por isso, segundo o senador, o pedido de R$ 2 milhões feito pela irmã de Aécio a Joesley não configura nenhum tipo de crime.
Para João Alberto, tudo não passou de um caso simples de negociação de um empréstimo privado.
O presidente ainda considera que o Conselho de Ética não pode abrir processo contra um senador com base em simples reportagens publicadas por jornais.
E arremata dizendo que a verdadeira vítima no caso todo é Aécio Neves, uma vez que Joesley tentou armar para cima dele para fortalecer sua proposta de colaboração premiada.
Veja aqui a íntegra da decisão do presidente do Conselho de Ética do Senado.