O general Qassem Soleimani, principal chefe militar do Irã e um dos homens mais poderosos do país, estava entre os mortos em um ataque aéreo americano perto do aeroporto internacional de Bagdá, na madrugada desta sexta (3), em meio às crescentes tensões entre os EUA e o Irã.
Soleimani chefiava a Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã responsável pelo serviço de inteligência do país.Ele liderava o esforço iraniano para implantar milícias no Oriente Médio a fim de aumentar a influência do país na região, que é estratégica por causa das reservas de petróleo. Abaixo, reação à morte do chefe militar em Teerã.
O ataque aéreo ocorreu depois que embaixada dos Estados Unidos em Bagdá foi atacada na última terça-feira (31 de dezembro), por manifestantes contrários aos ataques aéreos americanos contra bases do Kataib Hezbollah, uma milícia xiita apoiada pelo Irã, na Síria e no Iraque.
A morte de Soleimani acende temores de forte retaliação do Irã contra Israel ou interesses americanos no Oriente Médio. O presidente iraniano Hassan Rouhani prometeu vingança pelo que chamou de "ato covarde". Abaixo, manifestantes seguram imagens do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, em protesto depois do ataque americano.
O Pentágono confirmou a morte de Soleimani, dizendo que o ataque foi ordenado pelo presidente Donald Trump, em parte, para impedir "futuros planos de ataque iranianos". Trump não se manifestou. Pelo Twitter, apenas postou uma bandeira americana depois do ataque, sem citar Soleimani.
Os mercados internacionais reagiram ao ataque com alta nos preços do barril de petróleo. Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro admitiu impacto no preço do combustível após assassinato de general iraniano.
Sobre a possibilidade de promover alguma política para segurar o preço, o presidente foi dúbio. Garantiu que não fará o tabelamento, pois ele falhou no passado, mas ao mesmo tempo disse que os combustíveis já estão caros e se subirem ainda mais a coisa “complica”.
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