Milhares de pessoas caminharam do largo da Batata até a rua em que fica a casa do presidente Michel Temer (PMDB), em São Paulo, durante a manifestação desta sexta-feira (28), dia em que as centrais sindicais promoveram uma greve geral.
Os manifestantes gritaram contra a reforma trabalhista — que a Câmara aprovou — e da Previdência propostas pelo governo.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos, estimou o público em 70 mil pessoas. A Polícia Militar não divulgou sua contagem.
Os principais alvos foram Temer e o Congresso. Manifestantes e políticos que discursaram no carro de som pediram que a eleição de 2018 seja antecipada para outubro deste ano.
Nas falas, líderes de esquerda criticaram pontos específicos das reformas, como o tempo mínimo de aposentadoria proposto e a prevalência de acordos trabalhistas sobre a lei.
Após enfrentar forte oposição para votar a reforma trabalhista na Câmara, o governo agora luta para garantir a aprovação da mudança na Previdência — que, por ser uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), necessita de mais votos.