População e PMs ficam uns contra os outros enquanto o Espírito Santo pega fogo

    Com onda de violência que já deixou 75 mortos, pessoas foram aos batalhões pedir o fim da paralisação. Ordem da Justiça mandou que familiares de PMs sejam retirados dos batalhões, mas policiais não querem agir contra parentes de colegas.

    Em meio à mais grave crise de segurança do Espírito Santo, a população foi aos batalhões protestar contra a paralisação da Polícia Militar. Os policiais, por sua vez, não têm perspectiva de encerrar o movimento, que reivindica aumento salarial.

    A situação no Quartel do Comando Geral da PM, em Vitória, na nesta terça (8) foi uma síntese do impasse.

    De um lado da avenida, a população gritava por segurança.

    DIRETO DO ES: de um lado da rua, população pede segurança; do outro, PMs e familiares pedem salários melhores

    Do outro, PMs e familiares cobravam o governador, Paulo Hartung (PMDB), e o secretário de Segurança, André Garcia.

    "Governador, cadê você? O polícia tá sem ter o que comer", gritaram policiais e familiares em frente ao batalhão.

    DIRETO DO ES: PMs gritam — "Governador, cadê você? O polícia tá sem ter o que comer"

    À tarde, a Justiça determinou a saída dos familiares de PMs que impedem a saída de viaturas desde sábado (4).

    A ordem não foi cumprida. Tudo porque os policiais militares que ainda estão trabalhando se recusam a agir contra familiares de seus colegas, segundo o BuzzFeed Brasil apurou.

    O clima foi tenso durante todo o dia. Soldados do Exército ficaram entre os dois grupos tentando acalmar os ânimos.

    A população fez diversos piquetes, com lixo e pneus em chamas. Por isso, os soldados jogaram gás lacrimogêneo.

    Dois momentos causaram correria. Num deles, um carro cravejado de balas foi parado pelo Exército — um soldado apontou o fuzil para o motorista, que saiu do carro com as mãos ao alto. Houve correria, mas o homem foi liberado.

    Depois, quando os manifestantes tentavam fechar o tráfego de novo, um policial civil à paisana que estava parado no trânsito, e teve o carro cercado, desembarcou e deu tiros para o alto.

    Cerca de 30 soldados estavam no local. Os PMs aplaudiram diversas vezes durante a chegada de reforços.

    Diante do impasse — e do clima de tensão —, o comando a Polícia Militar autorizou que os familiares de PMs e policiais que estavam com eles entrassem no quartel por segurança.

    DIRETO DO ES: por causa do clima tenso, PMs dizem que comando autorizou a entrada dos familiares no quartel

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