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Mortes no Espírito Santo chegam a 75 e caos na segurança não tem previsão de acabar

Policiais militares que apóiam a paralisação pedem a saída do secretário de Segurança Pública. Enquanto isso, a Polícia Civil faz o que dá: "Nós somos o único botequim aberto", diz o delegado titular do DHPP, José Lopes.

Até agora, 75 pessoas foram mortas durante a grave crise de segurança no Espírito Santo, diz o Sindicato da Polícia Civil.

Esse é o número de corpos no Departamento Médico Legal do Estado, que já não dá conta de acondicioná-los corretamente.

Para efeito comparativo, em janeiro deste ano apenas quatro homicídios foram registrados em todo o Espírito Santo.

O titular da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado José Lopes, afirma que os policiais civis estão desempenhando parte do papel que caberia à Polícia Militar.

"Nós somos o único botequim aberto", resume Lopes.

Segundo ele, houve mortes reportadas em duplicidade e comunicações falsas, o que atrapalha o trabalho da Polícia Civil, que tem ido aos locais registrar boletins de ocorrência.

Na tentativa de compensar o desfalque, o DHPP está com efetivo de emergência, com cerca de 200 servidores.

Além disso, os policiais civis estão lidando com saques e vandalismo. Nesta manhã, um homem foi preso ao encher um galão de gasolina — o frentista desconfiou e chamou a polícia.

Os investigadores acreditam que o suspeito se preparava para incendiar um ônibus, que estão circulando em menor número.

As ruas da região metropolitana de Vitória estão desertas.

Redes varejistas, principalmente lojas de eletrônicos, fecharam as vitrines e esconderam produtos mais caros e fáceis de carregar, como celulares. Concessionárias tiraram seus carros.

Nesta tarde, o secretário de Segurança Pública, André Garcia, participará de uma reunião com representantes do Sindicato da Polícia Civil, para tratar da crise. O órgão fará uma assembleia na quinta-feira (9) para discutir uma eventual greve.

Familiares de PMs continuam a fazer piquetes em frente aos batalhões. As demandas dos policiais que apóiam a paralisação incluem a saída de Garcia do cargo e o retorno do coronel Laércio Oliveira, dispensado ontem, ao comando da PM.

Não há previsão para o fim da paralisação.


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