Só este ano, 15 pessoas já morreram sob suspeita de febre amarela no Brasil

    Quatorze pessoas morreram em Minas, que vive um surto, e outra em Ribeirão Preto desde o começo do ano. De segunda-feira para esta quarta, as suspeitas em Minas cresceram de 23 para 48 casos.

    Nos primeiros onze dias deste ano, a febre amarela é suspeita de ter causado a morte de 15 pessoas.

    Foram registradas 14 mortes em Minas Gerais e outra em Ribeirão Preto (SP) em casos suspeitos da doença. A febre amarela é transmitida por um inseto que, em sua versão urbana, pode ser o Aedes aegypt.

    Desde 2009, Minas não registrava nenhum caso de febre amarela. Agora em janeiro foram notificados 48 casos de febre hemorrágica aguda, sendo 16 considerados prováveis para febre amarela. Desses 48 casos, 14 resultaram em morte. Até segunda-feira, o número de casos suspeitos era 23.

    O subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde de Minas, Rodrigo Said, declarou que o Estado considera que há um surto da doença.

    "Temos um surto que está em investigação, com 15 municípios. Os 16 casos confirmados configuram um surto", disse o subsecretário em entrevista coletiva em Belo Horizonte.

    Todos os casos estão concentrados nas áreas rurais dos municípios, próximas de matas onde a febre amarela silvestre se manifesta em macacos, os primatas não-humanos.

    Os pacientes começaram a sentir os sintomas da doença em dezembro. Todas as vítimas são homens e com idades entre 7 e 53 anos.

    Os 15 municípios em alerta para o surto estão nas regiões de Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Governador Valadares. As cidades com o maior número de suspeitas são Ladainha, com dez casos, Imbé de Minas, com oito, Caratinga e Piedade de Caratinga, com seis cada.

    Em São Paulo, o caso de morte foi registrado em Ribeirão Preto. A secretaria alertou o Ministério sobre o risco da doença no ano passado, quando foi registrada uma morte na cidade de Bady Bassit.

    A Secretaria de Saúde divulgou um alerta para que pessoas que viajem pelo estado se vacinem caso passem pelas regiões de Ribeirão Preto, Barretos, Franca, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Sorocaba, entre outras. No entanto, para o governo paulista, a situação não é de surto.

    Tanto em Minas como em São Paulo, as secretarias de Saúde estão intensificando a vacinação contra a doença para quem circula nas regiões atingidas. A vacina deve ser tomada por pessoas acima de seis meses de idade. Ela é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    O Ministério da Saúde enviou a Minas duas equipes para auxiliarem nas investigações dos casos. Mesmo que haja comprovação da presença do vírus no paciente, os casos passam por uma investigação epidemiológica para tirar a prova de que o vírus estava em atividade.

    Por enquanto, todos os casos relatados ao Ministério da Saúde, que já informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o surto são de febre amarela silvestre. Existe outra modalidade da doença, que é a febre amarela urbana. Neste caso, a doença é transmitida pelo Aedes Aegypt, o mesmo mosquito que transmite dengue, chikungunya e zika. A versão urbana da febre amarela, no entanto, não é registrada no Brasil desde 1942.

    A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, com um ciclo de dez dias. É considerada grave. A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. A doença não é transmitida de humanos para humanos, apenas pela picada do inseto.

    De acordo com a Secretaria de Saúde de Minas, os primeiros sintomas da doença são febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos. Esse ciclo pode durar três dias. A doença pode evoluir para insuficiências renal e hepática e hemorragias.







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