O PT quer definir e lançar nesta sexta-feira (15) a estratégia de campanha para defender a candidatura de Lula à Presidência da República nas eleições de 2018.
Condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro no caso do tríplex do Guarujá, Lula passará pelo julgamento de segunda instância do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) em 24 de janeiro, em Porto Alegre, o que poderá impedir ou complicar a candidatura do petista.
Na reunião do diretório nacional desta sexta, agendada em um hotel de São Paulo, os petistas vão apresentar o design gráfico e os motes da campanha que começará a aparecer nas redes sociais dos simpatizantes de Lula e deverá ser replicada pelos lulistas em adesivos de carros e placas e faixas em apoio a sua candidatura.
Em seguida à reunião, movimentos sociais próximos do PT, como a Frente Brasil Popular, que reúne CUT e MST, vão definir como serão criados os "comitês de defesa da democracia e pelo direito de Lula ser candidato".
A ideia é que esses comitês sejam suprapartidários, pois, na avaliação dos apoiadores, a base eleitoral de Lula é maior que a do PT.
Os petistas vão discutir ainda como farão a ofensiva de mobilização nas ruas no dia do julgamento do recurso do processo do tríplex. Líderes do PT, como a presidente da legenda, a senadora Gleisi Hoffmann, têm usado a expressão "guerra" para falar do assunto.
A ideia é juntar o maior número possível de militantes diante do tribunal no dia 24 de janeiro, data do julgamento, em Porto Alegre, mas também não estão descartadas mobilizações em outras capitais.
Antes da reunião do diretório, Lula se encontrou nesta quinta com Gleisi na sede do Instituto Lula. Participaram do encontro outros dirigentes nacionais da legenda e diretores do instituto.