Promotores de SP pedem cassação de Doria por uso da máquina

    Líder isolado nas pesquisas, candidato tucano nega que tenha sido beneficiado ilegalmente por seu padrinho político, o governador Alckmin (PSDB).

    Os promotores eleitorais José Carlos Bonilha e Vera Lúcia Braga Taberti pediram a cassação da candidatura do líder isolado nas pesquisas para a prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB), alegando que o candidato foi beneficiado pelo uso da máquina por seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin.

    O pedido de cassação foi apresentado justamente na reta final de campanha, quando Doria, um empresário sem experiência eleitoral, disparou em todas as pesquisas eleitorais e aparece como líder isolado, segundo o Datafolha e o Ibope.

    Datafolha-SP: Doria assume liderança com 30%; Russomanno fica em 22% https://t.co/DrSbMGflW5

    Nesta manhã, Doria fez campanha no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo. Sua campanha negou as irregularidades apontadas pelos promotores.

    Promotores eleitorais pedem cassação do registro de Doria por uso do poder político de Alckmin. Doria nega ilegalid… https://t.co/GWo8ovSZxc

    Não é possível afirmar se o pedido de cassação pode ou não ter algum efeito concreto. O caso será julgado pelo juiz da 1a zona eleitoral de São Paulo. A peça dos promotores foi protocolada ontem. Doria tem 5 dias para apresentar defesa.

    Na denúncia, os promotores anexaram esta foto de um ato da pré-campanha de Doria que foi acompanhado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), em Paraisópolis. Os promotores enxergam que houve uso da máquina do governo do Estado para beneficiar Doria.

    A visita aconteceu em 18 de junho quando Doria ainda não sido oficialmente escolhido candidato do PSDB. Isso é o que a acusação afirma:

    Em outro trecho, eles afirmam que Alckmin fez confusão entre a agenda de governador e a de militante partidário.

    Os promotores também alegam que houve irregularidade em Doria utilizar como slogan de campanha o "Acelera SP", mesmo nome de um programa da secretaria de Desenvolvimento Econômico do governo Alckmin. A lei eleitoral proíbe associar candidaturas a marcas de governo.

    Outro ponto da denúncia é a nomeação de Ricardo Salles para a secretaria do Meio Ambiente. Logo depois da nomeação de Salles, o partido dele, o PP, anunciou apoio à candidatura de Doria à Prefeitura, aumentando o tempo de TV do candidato.

    Na acusação, isso seria abuso de poder para obter mais tempo de TV para Doria.

    Leia o trecho:

    Em outro trecho, a acusação compara a ação de Alckmin à tentativa frustrada da então presidente Dilma Rousseff de nomear o ex-presidente Lula para a Casa Civil num dos momentos mais agudos da crise política que levou ao impeachment.

    A campanha de Doria disse ainda não ter sido notificada pela Justiça Eleitoral e afirmou em nota: "Pelo que se extrai das notícias, as razões do Ilustre promotor reveladas a poucos dias da eleição, são frágeis e carecem dos mínimos elementos probatórios".

    Ainda de acordo com a nota da campanha tucana, "parte-se de uma premissa equivocada e sem respaldo legal que pretende impedir que o candidato João Doria receba apoio de partidos e de lideranças políticas. Certamente será arquivada, como todas as demais anteriormente divulgadas aos jornais e posteriormente arquivada pela Justiça Eleitoral".


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