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O emocionante reencontro do goleiro da Chape com o policial que o salvou

"Você não vai morrer", prometeu o tenente da polícia colombiana ao retirar o jogador dos destroços do avião na selva.

O Atletico Nacional ganhou de 4 a 1 da Chapecoense na quarta-feira na Colômbia. Mas não foi a derrota que emocionou jogadores, jornalistas e torcedores. Os quatro sobreviventes brasileiros da tragédia, que vitimou 71 pessoas em 28 de novembro, voltaram ao local do acidente, próximo da cidade de Medellín, pela primeira vez.

O goleiro Jackson Follmann contou nesta sexta-feira o que pensou ao ver a mata em que caíram: "Deus, como é que a gente sobreviveu a uma tragédia tão grande? As dificuldades eram enormes. A gente sabia que era difícil, mas não tão difícil. Foi muito difícil o que esse povo fez para nos resgatar com vida".

O goleiro da @ChapecoenseReal Jackson Follmann conta o que sentiu ao voltar ao local do acidente na Colômbia nesta… https://t.co/pO98HIVptP

Caminhando com certa dificuldade, Follmann abraçou o homem que o resgatou, o tenente da Policia Nacional Nelson Bermudez, a quem o jogador chama de "Sargento". O encontro no Brasil aconteceu em um evento do hospital Albert Einstein.

Mas foi Bermudez que levou os sobreviventes para o local do acidente nesta semana. "Jackson me disse que queria ver. Eu perguntei se ele estava preparado. Ele respondeu que sim. Mas, na verdade, foi uma emoção muito grande para todos. E para mim também", disse Bermudez ao BuzzFeed Brasil.

.@ChapecoenseReal O goleiro da Chape encontrou em SP o policial colombiano que o salvou, o sargento Nelson Bermudez.

Bermudez foi o homem que chegou primeiro em Follmann. O goleiro estava sob uma das vítimas mortas, mas não se lembra disso. Pensava que estava deitado no chão de uma praia porque confundiu a terra sob suas costas com areia. Estava sentado.

"Eu sentia muito frio. Chovia. Eu lembro que lá no fundo do mato eu avistei uma lanterna e ouvi: 'Policia nacional'. Gritei o mais alto que pude. Percebi que estava mais seguro", contou Follmann.

O goleiro disse para o sargento que não queria morrer. E respondeu: "Você não vai morrer. Você está salvo".

O resgate de Follmann não encerrou o trabalho dos policiais que atenderam ao chamado. Outras cinco pessoas sobreviveram. Dos sobreviventes, quatro são brasileiros. O goleiro Danilo também foi resgatado com vida, mas não resistiu.

"Meu uniforme se rasgou e eu estava cheio de lodo. Me lavei, troquei o uniforme e voltei para o local. Tinha muitas pessoas lá, policiais, bombeiros. De repente a nossa tenente grita: Silêncio! estou ouvindo alguém respirando. Era o Neto (zagueiro)", falou Bermudez em sua palestra.

Neto foi o último sobrevivente resgatado, cinco horas depois do resgate de Follmann. "Parecia que só restavam os escombros. E de repente ele começou a respirar. Fico pensando sobre o que aconteceu a ele naquelas cinco horas", disse o tenente.

O policial colombiano falou da emoção do reencontro com Follmann na Colômbia. "Eu estava sem uniforme. E o Jackson me reconheceu quando me viu. Para mim, foi algo tão bonito. Me emocionou".

Na hora do resgate Bermudez diz que ficou emocionado ao ver que Follmann estava com a "perna destroçada". E hoje disse ao jogador: "Deus te deu segunda oportunidade de vida".



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