Duzentas famílias tomaram nesta terça-feira (25) a fazenda Santa Rosa, de propriedade do ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, em Piraí (RJ). Com prisão pedida pela Espanha, o cartola é investigado por corrupção e desvio de dinheiro.
A ação foi coordenada pelo Movimento Sem Terra (MST) em diversos estados e inclui terras de políticos e aliados do presidente Michel Temer (PMDB), como o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e o coronel aposentado João Baptista Lima Filho, citado por Joesley Batista como recebedor de propina em nome de Temer.
A fazenda Esmeralda, do coronel Lima, fica em Duartina (SP) e já foi ocupada por movimentos de trabalhadores sem terra outras duas vezes. Desta vez, segundo o MST, 800 famílias fazem parte da operação.
No Piauí, o MST tomou, com mil famílias, a fazenda Junco, do senador Ciro Nogueira (PP-PI). A propriedade fica na região metropolitana de Teresina.
No Mato Grosso, foi invadida uma fazenda da empresa Amaggi, que pertence à família do ministro Blairo Maggi.
A fazenda SM2, em Rondonópolis, foi tomada por mil famílias. A entrada da base de lançamento de Alcântara, no Maranhão, foi tomada por 400 manifestantes, que não vão se instalar no local.
Há ações de ocupação também no Paraná (Fazenda Lupus, do grupo Nutriara) e no Mato Grosso do Sul (Fazenda Perobal, em Itaquiraí). Em Sergipe, houve ocupação no Incra de Aracaju.
O MST escolheu hoje para as invasões porque é dia do trabalhador rural.