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Mourão diz a Alvaro Dias que o quer como presidente do Senado ou líder do governo

Candidato derrotado à Presidência, o senador Alvaro Dias (Podemos) participou de jantar em São Paulo com o futuro vice-presidente.

O vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão (PRTB), sinalizou apoio ao senador Alvaro Dias (PODE-PR), que pode disputar a presidência do Senado no ano que vem. Mourão disse a Dias que gostaria de vê-lo como presidente do Senado ou como líder do governo na Casa.

O afago foi feito em um jantar de comemoração à diplomação de Mourão na sexta-feira (14), em São Paulo. Alvaro Dias foi uma das estrelas do jantar, organizado pelo presidente do PRTB, Levy Fidelix, em homenagem a Mourão. O senador sentou-se ao lado do general.

O governo Bolsonaro tem buscado alternativas à candidatura de Renan Calheiros (MDB-AL), aliado de Lula, que fez campanha para Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial. Já Alvaro Dias, derrotado na disputa pela Presidência, tem buscado apoio para viabilizar uma candidatura do Podemos ao comando do Senado.

O discurso de Dias na campanha tinha algumas semelhanças com o de Jair Bolsonaro (PSL), como os elogios ao futuro ministro da Justiça, Sergio Moro. Em sua campanha, Dias dizia que o então juiz da Lava Jato estaria em seu ministério.

A imprensa não foi informada do evento de sexta-feira e a assessoria do PRTB disse não estar autorizada a dar detalhes da festa. Mourão e Levy não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

Neste final de semana, a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, afirmou que a presença de Levy no gabinete de Mourão tem deixado o presidente eleito irritado. Bolsonaro estaria chateado com o presidente do PRTB porque, na ocasião de sua internação por causa do atentado a faca, Levy teria sido indelicado com a mulher de Bolsonaro, Michele, ao ser vetado numa tentativa de visitá-lo.

O Podemos terá em 2018 cinco dos 81 parlamentares do Senado; o PSL, quatro; e o PRTB, nenhum. Segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que deixa Brasília no próximo ano, a eleição para a presidência da Casa, prevista para fevereiro, deve exigir que o candidato vitorioso obtenha no mínimo 41 votos.

Vice-líder do PSL na Câmara, o senador eleito Major Olímpio (SP) disse ao BuzzFeed News que tem conversado com vários senadores para estudar uma candidatura que faça frente a Renan. Entre os nomes visados, estão, além de Alvaro Dias, Tasso Jereissati (PSDB-CE), Espiridião Amin (PP-SC) e Davi Alcolumbre (DEM-AP).

"Eu tenho feito gestões no sentido de que a gente tenha uma candidatura competitiva, mas não temos a definição ainda. O presidente Jair Bolsonaro deixou bem claro em conversa comigo que é para fazer a interlocução com a Câmara e o Senado, mas que ninguém desfraldasse a bandeira por nenhum candidato por enquanto", disse o senador eleito.

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