Motorista de Uber é morto e colegas protestam desligando aplicativo

    Manifestação foi contra a falta de segurança após empresa ter passado a aceitar pagamento em dinheiro em SP. Uber apenas disse que tem "profundo pesar", mas não informou se assistirá a família.

    Revoltados com assassinato de um colega em São Paulo, motoristas da Uber estão desligando o aplicativo em protesto contra a falta de segurança depois que a empresa passou a aceitar pagamento em dinheiro na capital paulista.

    Osvaldo Módolo Filho, 52, foi morto após levar tiros e facadas na madrugada desta sexta. Ele havia atendido um suposto passageiro que acionou o aplicativo e pediu uma corrida com pagamento à vista.

    O crime aconteceu na região do Sacomã (zona sul de São Paulo). Ele foi encontrado ainda com vida no carro, mas morreu ao chegar ao hospital.

    Osvaldo era casado e pai de três filhos. Ele era técnico em eletrônica e tinha um MBA em gestão empresarial. Em maio, ele perdeu o emprego como especialista em manutenção e instalação de alarmes e sistemas anti-furto.

    Mas ele já transportava passageiros por aplicativo desde dezembro do ano passado.

    Procurada pelo BuzzFeed Brasil, a Uber emitiu uma declaração em que disse ter "profundo pesar" pela morte, mas não informou se vai providenciar algum tipo de assistência à família do motorista morto. Aqui o que a empresa disse:

    Nossos sentimentos de mais profundo pesar vão para a família de Osvaldo. A Uber vai colaborar com as autoridades nas investigações para levar quem cometeu este crime à Justiça.

    Pela manhã, a empresa distribuiu uma mensagem para os smartphones dos motoristas de São Paulo. "Hoje é um dia triste para a nossa comunidade", iniciava o texto, igualmente genérico, sem explicar o que seria feito pela família.

    O caso detonou uma onda de revolta entre motoristas da Uber. Por volta das 15h, eles começaram a se reunir em frente ao estádio do Pacaembu para protestar. Eles desligaram o aplicativo.

    "Sofri um assalto na semana passada, entrei em contato com a Uber e a única coisa que ela disse é que sentia muito"… https://t.co/b7tzhaOlNY

    Fábio da Costa, 30, passou a dirigir para a Uber há dois meses: "Sofri um assalto na semana passada, entrei em contato com a Uber e a única coisa que ela disse é que sentia muito".

    Veja o vídeo.

    O motorista da Uber não tem a opção de rejeitar o modo de pagamento oferecido pelo cliente.

    Logo depois da concentração no Pacaembu, os motoristas partiram carreata para fazer um buzinaço em frente à central de relacionamento da Uber com motoristas na Barra Funda (zona oeste).

    Motoristas fizeram vaquinha para ajudar família de Osvaldo. Juntaram R$ 568.

    Procurada, a Secretaria de Segurança Pública informou que a morte de Osvaldo Módolo Filho está sendo investigada e não vai divulgar nenhuma informação.

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