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Justiça está dando razão a quem entra com ação para receber passaporte

Verba suplementar foi aprovada pela Câmara, mas não foi sancionada por Temer. Com judicialização, passaporte sai ainda mais caro para cidadãos.

Já faz um mês que a Polícia Federal (PF) suspendeu a emissão de passaportes por falta de dinheiro a as pessoas estão recorrendo à Justiça Federal para obter a prestação do serviço.

Só na segunda-feira (17), apenas em São Paulo, a Justiça Federal publicou a decisão sobre dez mandados de segurança e concedeu liminares aos cidadãos que se queixaram em todos os casos.

O problema é que, além da dor de cabeça, a medida pesa no bolso. Segundo o advogado Raul Gipsztejn, que fez seis ações deste tipo este mês, as custas e o trabalho do advogado podem custar R$ 5 mil. Advogado especializado em importações, sua principal cliente nesses casos foi a própria neta, de sete anos.

Ela e a mãe obtiveram uma liminar para garantir o passaporte e já estão em Miami, passando as férias. Segundo a decisão da Justiça, não seria "razoável prejudicar as férias de uma criança de sete anos".

Os motivos apresentados pelos cidadãos à Justiça Federal são variados e vão desde o risco de perder o emprego e necessidade de viagens de negócio, a planos de férias familiares.

A Justiça, por exemplo, mandou a Polícia Federal produzir o passaporte de A.L.M.P., que tinha uma viagem marcada para Paris com o namorado.

Quando o serviço de passaportes foi suspenso, o governo Temer afirmou, em nota, que a emissão seria retomada em poucos dias e enviou um pedido de suplementação de verba para o Congresso.

A lei para suplementação foi aprovada, mas até agora Temer não a sancionou. Nesta terça (18), a lei entrou na fila para assinatura do presidente Michel Temer.

Em uma das decisões, o juízo da 1ª Vara Cível Federal de São Paulo afirma que a falta de verbas não pode justificar a suspensão do serviço.

"Referida justificativa não se revela razoável, uma vez que a insuficiência orçamentária não pode inviabilizar a expedição de documento indispensável para a realização de viagem internacional, especialmente quando há previsão legal da cobrança de taxa para a sua produção", diz a decisão que atendeu o pedido de W.S.N., um homem que já havia pago pelo passaporte, mas não o receberia sem a ordem judicial.

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