O prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), já anunciou algumas mudanças e medidas para o novo governo, que começa em janeiro.
Primeiro, nomeou o ex-deputado Julio Semeghini (PSDB-SP) para chefiar a equipe que vai trabalhar com o prefeito Fernando Haddad (PT) para fazer a transição.
Pela primeira vez, Doria disse que pretende destinar R$ 100 milhões para o "Corujão da Saúde", programa que pretende usar a rede privada de hospitais, durante a noite e a madrugada, para a realização de exames para a população.
O Corujão vai funcionar por um ano, durante a noite, em hospitais privados que farão convênio com a prefeitura. Ideia é zerar o déficit atual de 500 mil exames médicos.
Trânsito: Guarda Civil Metropolitana não vai mais multar motoristas e motociclistas infratores. Prefeito eleito disse que radares vão continuar serão integrados ao policiamento do governo do Estado.
Limite de velocidade nas marginais subirá para até 90 km/h. Hoje, o máximo é 70 km/h.
Privatizações: Anhembi será o primeiro a ser negociado para ser gerido pela iniciativa privada. Depois, será a vez do autódromo de Interlagos. Doria diz que pretende entregar gestão do Pacaembu, via concessão pública, por um contrato de dez a 15 anos.
Nenhum desses equipamentos poderá perder sua finalidade, disse Doria em entrevista coletiva. Pacaembu continuará com o futebol e Interlagos poderá ganhar um museu em homenagem a Ayrton Senna.
Enxugamento: Além de privatizações, Doria já anunciou que vai reduzir número de secretarias da prefeitura das atuais 27 para 20.
Durante a campanha, ele causou polêmica ao dizer que acabaria com a secretaria da Pessoa com Deficiência e teve de voltar atrás.
Ele também disse que vai mudar o nome das subprefeituras para prefeituras regionais.
Disse em entrevista que não vai lotear esses cargos entre os partidos aliados e que quem for fazer indicações terá sugerir nomes que atendam a três critérios:
- morar no bairro
- ser ficha limpa
- ter um currículo mínimo de gestão, que não precisa ser longo porque ele disse que quer pessoas jovens no governo.
Impostos e tarifa de ônibus: Doria disse que só vai congelar as passagens de ônibus, as tarifas, taxas e impostos municipais em 2017.
Para os outros anos, não pode garantir que não haverá aumento, disse ele nesta segunda-feira.
Carnaval de rua: Doria disse aprovar o carnaval de rua paulistano, mas criticou a concentração na Vila Madalena. Ele falou que, em 2017, vai se reunir com os organizadores para tentar descentralizar a festa, mas não vai impedir os blocos na região.
Cracolândia: O tucano confirmou nesta segunda-feira que vai acabar com o programa De Braços Abertos.
O programa de Haddad tenta reabilitar usuários de drogas com conscientização, trabalho e tratamento médico. Ele disse que vai criar um programa Recomeço, igual ao do governo do estado, de internação voluntária e involuntária.