O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse hoje, em nota oficial, que considera "injusta" a homenagem a Marisa Letícia Lula da Silva, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) morta em fevereiro do ano passado.
Lei municipal sancionada em 29 de dezembro pelo vereador Milton Leite (DEM), na condição de prefeito em exercício — devido à ausência de Doria e do vice Bruno Covas —, deu o nome da ex-primeira-dama a um viaduto em M'Boi Mirim, na periferia da zona sul de São Paulo.
A nota divulgada hoje pela Prefeitura de São Paulo diz que há "discordância do prefeito em relação à injusta homenagem prestada a alguém envolvido no maior escândalo de corrupção já registrado no país e que nunca morou na cidade nem jamais lhe trouxe qualquer benefício".
"Por determinação do prefeito João Doria, a Prefeitura de São Paulo cancelou o evento de inauguração do Viaduto do M’Boi Mirim previsto para dia 3 de janeiro. A via será aberta ao trânsito a partir desta terça-feira, dia 2 de janeiro", diz a nota.
"A Prefeitura esclarece ainda que a escolha do nome do viaduto é prerrogativa da Câmara Municipal e fruto de um acordo entre a maioria dos vereadores — e apenas por isso respeitado pela administração municipal, apesar da discordância do prefeito em relação à injusta homenagem prestada a alguém envolvido no maior escândalo de corrupção já registrado no país e que nunca morou na cidade nem jamais lhe trouxe qualquer benefício."
Após o anúncio da prefeitura, o cancelamento do evento de inauguração foi comemorado nas redes sociais pelo MBL (Movimento Brasil Livre), que fez uma campanha contra a homenagem à mulher de Lula.