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Desembargador acusado de tentar vender sentença tira licença médica

Acusação aconteceu no meio de um julgamento na semana passada em Florianópolis, quando o advogado Felisberto Córdova disse que o desembargador Eduardo Gallo tentou achacá-lo em R$ 700 mil.

Depois de ser publicamente acusado de tentar vender por R$ 700 mil um voto numa disputa judicial. o desembargador Eduardo Mattos Gallo Júnior, da 1ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça (TJ) de Santa Catarina, tirou uma licença médica de 15 dias.

O caso ficou conhecido por causa de um vídeo que viralizou. Nele, o advogado Felisberto Córdova denuncia, da tribuna, o "julgamento comprado e chama o desembargador de "descarado" por cobrar propina do escritório.

A suposta propina serviria por uma decisão favorável em uma casa envolvendo R$ 35 milhões, segundo o jornal do Valor Econômico.

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Segundo o advogado de Gallo, Nilton Macedo Machado, o desembargador sofre de hipertensão e ficou doente depois que Córdova o acusou no julgamento em Florianópolis, na semana passada. Machado afirmou que, no final de semana, Gallo foi internado, mas que, agora, está apenas sob cuidados médicos.

Eduardo Gallo deve aproveitar o tempo da licença para trabalhar em sua defesa. Ele e o advogado que o acusou foram instados pelo Tribunal de Justiça a se manifestarem. Gallo tem cinco dias, contados desde ontem (9), para apresentar a defesa.

O caso é investigado também pela Procuradoria de Justiça de Santa Catarina e acompanhado pelo Conselho Nacional de Justiça. A denúncia de Córdova foi feita durante o julgamento, que, segundo o advogado, "foi comprado".

“Eu vou dizer, senhor presidente (do TJ), que o julgamento que está acontecendo aqui é comprado. Eu estou fazendo uma denúncia. Esse cidadão foi abordado com uma proposta que veio do Rio de Janeiro para receber R$ 500 mil: R$ 250 mil antes, R$ 250 mil depois. E o descarado chegou a mandar para o nosso escritório uma contraproposta, que poderíamos cobrir por R$ 700 mil. Eu insisto, senhor presidente, isso aqui não é o Senado, isso aqui não é a Câmara dos Deputados. Isso aqui é um tribunal de Justiça”, disse Córdova.

O desembargador chegou a pedir, na hora, a prisão em flagrante do advogado, o que não ocorreu. Gallo negou ter pedido a propina. Segundo seu defensor, o único contato que Gallo teve com Córdova foi durante a audiência.

Eduardo Gallo foi efetivado como desembargador do TJ de Santa Catarina há apenas dois meses, antes, atuava no tribunal como substituto.

No caso em julgamento, Córdova reivindica o recebimento de honorários advocatícios de uma empresa de agronegócio para a qual atuou em uma pendência judicial.

O advogado Córdova, depois da audiência, afirmou que reiterava a denúncia. Ele também terá cinco dias para apresentar provas.


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