• newsbr badge

Corujão da cirurgia em SP só deve zerar fila de 65 mil pacientes em 2018, diz secretário

Programa da Prefeitura de SP fez 5,3 mil operações até agora, segundo Wilson Pollara, secretário de Saúde.

Em dois meses, o chamado Corujão da Cirurgia, da prefeitura de São Paulo, realizou 5.292 cirurgias gerais e de ginecologia na rede pública de saúde. A fila é de 65 mil pacientes e o objetivo da Secretaria de Saúde é chegar a 5 mil operações mensais.

O secretário de Saúde, o médico Wilson Pollara, admite que, diferentemente do Corujão da Saúde, que realizou mais de 400 mil exames de imagem em quatro meses, o Corujão da Cirurgia não vai conseguir zerar a demanda pelos procedimentos médicos até o final do ano.

"Não vai dar para fazer na mesma velocidade (que os exames)", disse Pollara, avisando que, para bater a meta das 65 mil operações, "vai invadir o próximo ano".

De acordo com Pollara, esses procedimentos exigem não só as salas de cirurgia, mas vagas de internação e o uso de equipamentos escassos na prefeitura, como aparelhos de videolaparoscopia.

Outro fator é que a prefeitura trabalha basicamente com o corpo clínico efetivo e com as unidades hospitalares da própria rede municipal. Por enquanto, são feitas as cirurgias de clínica geral e as ginecológicas. A parte mais difícil, afirma o médico, será cumprir a meta de 20 mil cirurgias ortopédicas.

"Há 5 mi cirurgias de joelho. Cada prótese de joelho custa R$ 6 mil", aponta o secretário.

Médicos da rede municipal de saúde em São Paulo estão recebendo R$ 1,2 mil para fazer quatro cirurgias a mais por dia de trabalho. Segundo o secretário, os médicos não se queixaram de aumentar a carga de trabalho, mas a prefeitura fez um acordo com eles. Em vez de pagar por 12 horas a mais, o pagamento é feito para as quatro cirurgias extras.

Pollara, cirurgião, afirma que o período de 12 horas é suficiente porque os procedimentos, como retirada de vesícula por laparoscopia, são rápidos.

"Eu faço uma vesícula em 15 minutos", gabou-se o secretário.

Pollara afirmou que os médicos não se queixaram e que as empresas têm doado medicamentos, equipamentos e insumos para os exames porque "tem uma vontade de colaborar hoje em dia".

Ex-secretário do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Pollara disse ao BuzzFeed que a colaboração dos empresários é maior para o prefeito João Doria do que para o governador.

"O Alckmin é menos pidão", brincou o secretário.



Utilizamos cookies, próprios e de terceiros, que o reconhecem e identificam como um usuário único, para garantir a melhor experiência de navegação, personalizar conteúdo e anúncios, e melhorar o desempenho do nosso site e serviços. Esses Cookies nos permitem coletar alguns dados pessoais sobre você, como sua ID exclusiva atribuída ao seu dispositivo, endereço de IP, tipo de dispositivo e navegador, conteúdos visualizados ou outras ações realizadas usando nossos serviços, país e idioma selecionados, entre outros. Para saber mais sobre nossa política de cookies, acesse link.

Caso não concorde com o uso cookies dessa forma, você deverá ajustar as configurações de seu navegador ou deixar de acessar o nosso site e serviços. Ao continuar com a navegação em nosso site, você aceita o uso de cookies.