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Acusação de caixa 2 de Bolsonaro vai ser usada por Haddad na TV, redes sociais e Justiça

Partido faz campanha nas redes, denuncia na Justiça e deve levar o caso para o programa eleitoral. "Ele deve se esconder mais ainda debaixo da cama", diz Jaques Wagner sobre Bolsonaro.

O comando da campanha de Fernando Haddad (PT) a presidente vai usar em várias frentes a reportagem da Folha sobre um esquema com empresários pró-Jair Bolsonaro (PSL) para enviar mensagens em massa a eleitores pelo WhatsApp.

Os petistas estão chamando o caso de "caixa 2 do Bolsonaro" nas redes sociais e devem colocar a notícia no programa de TV de amanhã, sexta-feira.

Hoje, ingressaram com representação contra a campanha do capitão reformado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e devem fazer a denúncia também na esfera criminal, disse um dos coordenadores da campanha de Haddad, Jaques Wagner.

Para Wagner, eleito senador pela Bahia, o caso pode se estender para depois da eleição, com o questionamento do pleito junto ao TSE. O PT passou pelo mesmo processo depois da reeleição de Dilma Rousseff em 2014, tendo a campanha contestada posteriormente pelo candidato derrotado Aécio Neves (PSDB).

"Tem a batalha eleitoral e a batalha criminal", disse Wagner, pedindo a atuação do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. "Há notícia de que ele [Bolsonaro] pediu ajuda aos empresários para isso [as ações via WhatsApp]. Quando se puxa um fio desses, o novelo começa a aparecer", disse o petista.

A revelação sobre o suposto esquema empresarial de apoio a Bolsonaro com mensagens em massa pelo WhatsApp foi feita pela Folha de S. Paulo. De acordo com o jornal, há contratos desse tipo de serviço de pelo menos R$ 12 milhões.

Segundo Jaques Wagner, as denúncias "levantam uma sombra sobre a eleição". "O mais importante é que a máscara de muitos empresários que arrotam moralidade caiu", disse ele. No comando da campanha, Wagner é um dos que defendem que o caso seja levado ao programa de TV, uma vez que está cada vez mais distante a possibilidade de um debate entre Haddad e o deputado do PSL.

Jaques Wagner disse que Bolsonaro "tem medo da luz e vive na sombra". Segundo ele, não só a prática de envio maciço de mensagens é um crime eleitoral. "O conteúdo [das mensagens] é mentiroso e a forma é criminosa".

O senador eleito provocou Bolsonaro dizendo que com a denúncia o capitão reformado deve mesmo desistir de participar de debates. "Ele deve se esconder mais ainda debaixo da cama. Essa é a grande diferença entre valentes e corajosos. Em todo valente se esconde um covarde."

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