Teve mais deputado votando em branco do que no Bolsonaro na eleição da Câmara

    Rolou de tudo na disputa: chantagem, o deputado amigão que distribui torresmo aos colegas virou vice-presidente e o congressista que gostava de chamar Eduardo Cunha de “Papi” ganhou cargo na Mesa.

    A eleição não foi nada fácil para Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que de última hora resolveu se lançar na disputa pela presidência da Câmara.

    Dos 504 deputados que votaram, somente 4 o apoiaram. Até os votos em branco, com 5, ganharam de Bolsonaro.

    Na eleição, ele não obteve nem mesmo o voto do filho, Eduardo Bolsonaro, que não esteve presente na sessão desta quinta-feira.

    Já o novo vice-presidente da Câmara é Fábio Ramalho (PMDB-MG), que é conhecido por distribuir torresminho aos colegas. Uma suposta chantagem, que saiu pela culatra, empurrou-o para a vitória.

    Três deputados disputaram a vice-presidência da Câmara:

    Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), codinome Bitelo na lista da Odrebrecht e irmão do ex-ministro Geddel Viera Lima.

    Osmar Serraglio (PMDB-PR), que foi relator da CPI dos Correios, que investigou o mensalão.

    Fabinho Ramalho (PMDB-MG), espécie de amigão dos deputados.

    Lúcio Vieira Lima era visto como favorito, mas sua candidatura naufragou. Deputados do próprio PMDB disseram que Geddel chegou a ameaçar fazer delação premiada para forçar o governo a apoiar Lúcio. Para estes deputados, não era possível dar poder a Lúcio/Geddel, e que votação foi reação às ameaças do ex-ministro.

    O vencedor foi, justamente, Fabinho Ramalho, que é muito conhecido por suas festas com comida mineira e por levar imensas travessas de feijão tropeiro, costelinha, torresminho, queijo e goiabada a votações importantes na Câmara e no Senado.

    Sempre que Fabinho aparece com as refeições, que servem em média 200 pessoas, há festa entre os parlamentares.

    André Fufuca (PP-MA) foi eleito 2o vice-presidente. Ele costumava chamar o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (preso pela Lava Jato) de "Papi".

    A revelação do apelido carinhoso foi feita por Júlio Delgado (PSB-MG). E, claro, os dois já bateram boca por causa da exposição da intimidade.

    Neste vídeo, Fufuca dá um piti por causa do apelido "Papi" – coisa de "afeminado", segundo ele – e chama Júlio Delgado de "moleque" e "canalha".

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