Rodrigo Maia, o "Botafogo" da lista da Odebrecht, é reeleito para presidir a Câmara

    Ontem, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também citado como destinatário de dinheiro da empreiteira, venceu a disputa no Senado. O novo comando da Câmara e do Senado é uma vitória de Michel Temer.

    Confirmando expectativas, o atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acaba de ser reeleito para o cargo.

    Com sua vitória, o Congresso será comandando por dois integrantes da base de apoio ao governo. No caso, o PMDB no Senado e o DEM na Câmara.

    Além disso, as eleições também colocam a Odebrecht no centro dos debates do Parlamento, uma vez que tanto Maia, com o codinome Botafogo, quando o senador Eunício Oliveira, apelidado de Índio, aparecem nas delações da empreiteira.

    Para vencer a eleição, Maia conseguiu formar um arco de aliança envolvendo 10 partidos.

    Considerado favorito desde o ano passado, o presidente teve o apoio do governo e é considerado pelos demais deputados como um parlamentar que conseguiu pacificar a Câmara pós Eduardo Cunha e aprovar projetos de interesse do Palácio do Planalto.

    Na disputa desta quinta-feira, ele recebeu 213 votos.

    Seus adversários, tanto do antigo centrão quanto da esquerda, não conseguiram unir deputados para impedir a vitória em primeiro turno.

    Jovair Arantes (PTB-GO), que apostou em votos do baixo clero, recebeu o apoio de 105 deputados. André Figueiredo (PDT-CE) obteve 59 e Luiza Erundina (PSol-SP) 10.

    Além deles, Júlio Delgado (PSB-MG) teve 29 votos e Jair Bolsonaro (PSC-RJ) 4 – menos que o número de votos em branco, que foram 5.

    BOTAFOGO

    Apelidado de Botafogo, Rodrigo Maia foi citado pelo ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho em sua delação premiada.

    Conforme o BuzzFeed revelou, na colaboração é dito que a Odebrecht deu R$ 100 mil a Maia para que ele quitasse dívidas de sua campanha à prefeitura do Rio (ele concorreu em 2012).

    Segundo o delator, o pagamento foi feito após ele ter pedido para Maia acompanhar a tramitação de uma medida provisória que passou pela Câmara em 2013.

    Maia nega irregularidades.

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