As atrizes Gwyneth Paltrow e Angelina Jolie disseram em entrevistas publicadas nesta terça (10), no jornal New York Times, terem sido vítimas de abuso sexual por parte do executivo Harvey Weinstein, no início de suas carreiras.
Elas se unem a um crescente grupo de mulheres que acusam o executivo de comportamento sexual inapropriado.
Weinstein foi demitido da Weinstein Company nesta semana, dias após o New York Times publicar uma reportagem exclusiva detalhando décadas de alegações de abuso sexual contra ele.
Gwyneth disse ao jornal que, quando ela tinha 22 anos, Weinstein a convidou para seu quarto no hotel Peninsula Beverly Hills para um encontro profissional, que terminou com o executivo pondo as mãos nela e sugerindo que a atriz fizesse uma massagem nele.
"Eu era uma criança, eu tinha um contrato, e fiquei petrificada", disse a atriz, acrescentando que teve medo de perder o papel que tinha no filme Emma, que protagonizou em 1996.
Paltrow diz ter narrado o episódio ao ator Brad Pitt — que ela namorava na época —, que confrontou Weinstein e disse para ele não se aproximar mais da atriz. Representantes de Pitt confirmaram a versão para o New York Times.
Em seguida, segundo a reportagem, Weinstein ligou para Gwyneth e gritou por ela ter contado o caso para outras pessoas. Mesmo após vencer o Oscar por sua atuação em Shakespeare Apaixonado, em 1999, Paltrow disse que poucas pessoas sabiam sobre o caso de assédio.
"Esperavam que eu mantivesse segredo", ela disse.
Jolie narrou uma "experiência ruim" com Weinstein durante as gravações de Corações Apaixonados, em 1998.
"Eu tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein na minha juventude, e, como resultado, escolhi não trabalhar mais com ele e alertar outros que trabalhassem", Jolie disse ao New York Times, por email. "Este comportamento em relação a mulheres, em qualquer campo, em qualquer país, é inaceitável."