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Moro condena Jorge Luz, que admitiu propina a Renan e Jader, a 13 anos e 8 meses de prisão

Processo envolvia pagamento de propina por contratos de navios-sondas da Petrobras.

Jorge Luz, uma espécie de decano entre os lobistas que faziam a ligação entre empreiteiras e políticos nos contratos da Petrobras, foi condenado nesta sexta (20) a 13 anos e 8 meses de prisão.

Luz foi o último dos operadores de propina a ser alvo de uma operação da PF, mais de dois anos depois do surgimento da Lava Jato.

No seu último depoimento, Luz citou os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado Aníbal Ferreira Gomes (PMDB-CE) como padrinhos da manutenção de Nestor Cerveró na diretoria da Petrobras em troca de propina por contratos.

Em ocasiões anteriores, Renan, Jader e Aníbal negaram as alegações de Jorge Luz. Como têm prerrogativa de foro, os senadores e o deputado só podem a responder acusações de crime no Supremo Tribunal Federal.

Luz não tinha antecedentes criminais e colaborou com o processo criminal, mas o juiz Sergio Moro enfatizou o tamanho do esquema envolvendo os navios-sonda Petrobras 10000 e Vitória 10000.

"As provas colacionadas neste mesmo feito indicam que [Jorge Luz] faz do crime de corrupção e de lavagem a sua profissão, visando seu próprio enriquecimento ilícito e de terceiros. Em síntese, intermediaria vantagem indevida a agentes públicos ou políticos como meio de vida", escreveu o juiz.

Na sentença, Luz foi considerado culpado por corrupção no caso envolvendo US$ 15 milhões (R$ 47,6 milhões pelo câmbio de hoje) em propinas geradas no contrato de fornecimento do Navio-Sonda Petrobras 10.000. Deste valor, R$ 11 milhões foram pagos a Renan, Jader e Aníbal, segundo Luz.

O processo também considerou culpado de corrupção no episódio da contratação da empreiteira Schahin para operar o Navio-Sonda Vitória 10.000. Neste caso, a propina foi paga por meio da quitação fraudulenta de empréstimo de cerca de R$ 12 milhões, além de US$ 2,5 milhões em dinheiro.

Também foram condenados: o filho de Jorge Luz, Bruno Luz (6 anos e 8 meses de prisão), e o executivo do grupo Schahin, Fernando Schahin (9 anos e 9 meses).


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