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Huck pode quebrar polarização esquerda-direita, diz estrategista de Macron

Em entrevista ao BuzzFeed News, Guillaume Liegey afirma que missão de candidato de centro é derrubar Bolsonaro para enfrentar Lula no segundo turno. Sem Lula, "as coisas se descomplicam."

Duas semanas antes do primeiro turno da eleição presidencial francesa de 2012, cabos eleitorais do socialista François Hollande bateram à porta de 5 milhões de residências para um esforço final. A ação visava convencer potenciais eleitores de centro a irem votar (na França, o voto não é obrigatório).

A seleção das casas não foi aleatória. O software Cinquante Plus Un (Cinquenta Mais Um) havia cruzado dados de 65 mil zonas eleitorais francesas com dezenas de variáveis como renda, idade e uma sólida série histórica dos resultados eleitorais de cada pedaço do país.

Quando as urnas foram abertas, Hollande teve em média 3 pontos percentuais a mais do que lhe atribuíam as pesquisas nos locais onde houve o raid dos voluntários socialistas. Nas mesmas zonas, Marine Le Pen, da Frente Nacional (extrema-direita), erodiu 1,5 pontos. Hollande depois bateu Nicolas Sarkozy (centro-direita) no segundo turno.

Um dos cérebros por trás do ataque socialista foi o estrategista Guillaume Liegey, 37. A combinação de uso de dados, tecnologia e fator humano havia sido usada com sucesso antes em 2008, na campanha que levou Barack Obama à Casa Branca.

Liegey e seus dois sócios haviam participado da primeira campanha de Obama, quando ainda eram estudantes no MIT e em Harvard, duas das instituições mais prestigiosas dos Estados Unidos.

Mas a pequena firma Liegey Muller Pons, sediada em Paris, ganhou status de guru eleitoral global no ano passado, ao replicar a fórmula de organização de campanha com o Emmanuel Macron, o ex-banqueiro azarão que ultrapassou toda a elite do sistema político e se elegeu presidente da França.

Após receber um aporte de 4 milhões de euros, a Liegey Muller Pons (fundada em 2013) tenta executar, pela primeira vez fora da Europa, a repetição do fenômeno Macron. Eles buscam entrar no jogo eleitoral do México e do Brasil, países que têm eleições presidenciais em 2018.

Aqui, Liegey tem conversado com emissários de Luciano Huck. O apresentador havia afirmado, em novembro, que não disputará a eleição. Em janeiro, no entanto, ele fez um discurso no "Domingão do Faustão" que foi interpretado como fala de candidato no mundinho da política.

"Desde o começo, Macron tratou de se distanciar da clivagem direita-esquerda. Se Huck decidir ser candidato, ele pode ser um bom candidato para transcender a polarização aqui. Macron se cerca de gente muito boa. Eu tenho a impressão de que Luciano Huck faz o mesmo", comparou.

Huck tem entre 5% e 8% no Datafolha publicado nesta quarta (31). O ponto de partida de Macron foi 5% nas pesquisas.

Abaixo os principais trechos da entrevista ao BuzzFeed News:

O sr. já afirmou que o Brasil pode ter um Macron em 2018. O que o leva a pensar isso?

Há vários fatores que são comuns nos dois países. Um deles é o sentimento que o eleitor tem de profunda desconexão dos políticos com a sua realidade. Há um indicador que eu adoro citar. A cada ano, há uma pesquisa eleitoral que pergunta aos franceses se eles acham que os políticos são capazes de se colocar no lugar do eleitor, no lugar das pessoas comuns. Em 1980, 83% das pessoas respondiam sim a essa pergunta. Em 2017, só 19% dos eleitores acham que os eleitores são capazes de se por no lugar do eleitor. Isso é uma desconexão imensa. Eu penso que esse sentimento que é forte na França também exista por aqui.

Que outros fatores?

A segunda coisa é que os grandes partidos não são capazes de mudar e evoluir. Os grandes partidos de direita e de esquerda continuam a fazer a política como há 20 anos, há 30 anos. Isso é o mesmo no Brasil e na França. E, depois, o quadro mostrado pelas pesquisas. Lula faz uma pré-campanha muito à esquerda, e Bolsonaro, uma pré-campanha muito à direita. Na França, havia um quadro muito parecido antes da chegada de Macron. O candidato do Partido Socialista, Benoît Hamon, saiu muito à esquerda. E o candidato da centro-direita, François Fillon (Republicanos), saiu muito à direita. De fato, havia um vácuo de eleitores de centro que se sentiam muito perdidos, que não queriam votar em alguém muito de esquerda nem em alguém muito de direita.

Quem pode ocupar este espaço?

Esse caminho do meio acabou virando uma oportunidade. Nos últimos dois ou três anos antes da eleição francesa, houve muitas iniciativas de novos partidos ou movimentos políticos novos. Destes, a maioria fracassou e desapareceu. O Em Marcha (de Macron) foi bem-sucedido. Acho que existe um processo parecido com o Brasil quando eu vejo iniciativas como Agora! [de Luciano Huck], Acredito e Renovar Brasil. Muitas iniciativas que prometem fazer a política de um jeito diferente. Para mim, é um pouco a mesma coisa. São pessoas que fizeram a análise, tanto aqui quanto na França, de que havia uma oportunidade e decidiram tentar ocupar esse espaço. Depois, se isso vai funcionar, isso é toda uma outra história.

Mas daí a afirmar que pode haver uma repetição...

[Interrompendo] Mas é preciso fazer muita coisa para isso acontecer. É importante não esquecer que, quando Macron lançou sua candidatura, as pesquisas indicavam que a probabilidade de ele ser eleito era inferior a 5%. Ninguém acreditava. Eu estava lá desde o primeiro momento porque eu o conhecia há muito tempo. Eu e o Macron trabalhamos juntos há 10 anos, quando eu estava na [firma de consultoria] McKinsey. Então, eu o ajudei antes que ele se tornasse um cliente da nossa empresa, eu o ajudei a título pessoal. Ninguém acreditava. Eu adoro a série West Wing [ambientada na Casa Branca] e eu dizia a ele que ele seria um líder na França tão bom quanto o líder de West Wing.

Como foi que ele se deu conta de que havia um espaço a ser ocupado?

Desde o começo, Macron foi sujeito muito racional. Ele dizia: "para eu virar presidente, é necessário que se passe um certo número de coisas". De todas essas coisas, havia algumas que ele controlava e outras que eram completamente independentes da vontade dele, estavam no domínio do destino ou mesmo da sorte. Ele se concentrou naquelas que ele controlava e tratou de não perder tempo com as variáveis que ele não controlava.

Por exemplo?

A primeira coisa foi construir um movimento político sólido e moderno, capaz de mobilizar pessoas em torno do projeto. É necessário tempo e, sobretudo, ser capaz de propor coisas interessantes às pessoas que se juntam ao seu movimento. E depois o Macron compreendeu muito bem as lições da primeira campanha do Obama. Se você quiser organizar a melhor campanha do mundo, é necessário conjugar três fatores: a tecnologia, os dados e o fator humano.

Como foi que sua empresa entrou na campanha?

Com o uso de dados para estabelecer um bom targeting [definição de alvos no jargão da publicidade e das campanhas]. A tecnologia é indispensável numa campanha em um país grande, como a França ou o Brasil. E também o fator humano. Se você não tem gente que te apoia, seu movimento é só uma bolha que vai estourar. Os apoiadores precisam ser ativos, doando seu tempo para o movimento. Isso o Macron entendeu. O que nós propusemos foi uma ação que consistia em escutar os vizinhos, bater de porta em porta para escutar as pessoas. Não bater em portas aleatórias. Foi uma ação muito estruturada com um público-alvo bem definido, as regiões da ação e um app para registrar as conversas. A ideia de Macron era mostrar que, embora os eleitores tivessem a percepção de desconexão com os políticos, ele não estava desconectado daquilo que elas esperavam e viviam. Os políticos falam muito e não escutam, e a campanha de Macron foi baseada no contrário disso. Escutar mais do que falar.

O sr. já esteve com Huck ou com pessoas próximas a ele?

Eu tenho uma regra simples. Eu não cito os nomes das pessoas com quem eu me encontro se elas não estão de acordo. Não vou responder porque não sei se estão de acordo.

Então já encontrou…

Mesmo que eu tenha encontrado ou que eu não encontrado, teria de pedir permissão para usar o nome de outras pessoas. Não tenho intenção de deixar as pessoas em situação delicada dizendo sim ou não para uma pergunta como essa.

Mas qual a sua visão sobre Huck?

Tanto ele como Macron são personagens que não vêm da política tradicional. Factualmente eles são o novo. Ambos tiveram experiências bem-sucedidas em outras áreas. Macron no setor privado [como executivo de banco]. Huck vem da televisão e é um empreendedor. São pessoas que sabem o que é preciso fazer para as coisas acontecerem. Em política, isso é novo. Na França, os políticos acreditaram por muito tempo que para mudar o país bastava fazer discurso e propor novas leis. Mas não. Os dois têm um perfil mãos à obra. Quando o Macron lançou o Em Marcha, o establishment dos partidos o ironizava, dizendo que ele jamais chegaria a lugar algum. Mas ele chegou lá depois de organizar uma campanha de escuta, coisa que nenhum partido político francês jamais chegou perto de realizar. Então, primeira coisa, eles não vêm da política tradicional. Segundo, eles têm um posicionamento político que pode funcionar agora. Desde o começo, Macron tratou de se distanciar da clivagem direita-esquerda. Pelo que eu li do Huck, ele decidiu não se apresentar. Mas se ele decidir ser candidato ele pode ser um bom candidato para transcender a polarização direita-esquerda aqui. Macron se cerca de gente muito boa. Eu tenho a impressão de que Luciano Huck faz o mesmo.

Mas não é simples um outsider superar candidatos tradicionais em um sistema político organizado em grandes partidos.

Realisticamente, eu penso que se lançar na política da estaca zero é, tanto na França quanto no Brasil, hipercomplicado. A probabilidade de chegar lá é muito baixa. O Macron deu certo por uma enorme conjugação de fatores, inclusive sorte. Ele construiu um movimento que se tornou orgânico e muito ativo, ele entendeu o momento do país, ele se posicionou bem. Quando as pesquisas começaram para valer, ele estava em uma posição muito boa. Eu sou alguém que vem da tecnologia, não sou um mágico. Eu costumo dizer que se você fizer uma boa campanha, combinando tecnologia e gente, você aumenta as suas chances de ganhar. Mas é garantido? Não, não é.

Qual a interpretação que o sr. faz da condenação do ex-presidente Lula e da possibilidade que ele não concorra na eleição deste ano?

Eu acompanho a política brasileira sobre o que eu leio em estudos acadêmicos e na imprensa. Não tenho uma interpretação. Esta situação do Lula é a situação típica que eu recomendaria a um novo candidato para deixar totalmente de lado. Deixa o Lula fazer o que ele tem de fazer e se concentra em fazer aquilo que você pode, que está sob seu controle. Como Macron. Se o Lula vai ou não ser candidato, é uma variável que independe da vontade dos outros candidatos. Um dos caminhos para a vitória de um candidato de centro aqui é ultrapassar Bolsonaro no primeiro turno e formar uma coalizão para bater o Lula no segundo. É factualmente possível.

E sem Lula no jogo?

Se não tiver o Lula, as coisas se descomplicam um pouco. Não é fácil, mas é mais simples. O conselho que eu dei para o Macron no começo é não perder tempo e energia com os fatores que ele não controlavam, como por exemplo ser candidato na primária no Partido Socialista, que ele não controlava, em vez de fundar o próprio movimento político. Foi uma boa decisão. Se eu estiver aconselhando um candidato brasileiro, o que eu diria é: deixe o Lula de lado e se preocupe com as coisas que você pode acertar na sua campanha.

Mas muita gente, inclusive os jornalistas, costuma conferir uma aura meio mística a essas tecnologias de campanha.

Nós trabalhamos para o François Hollande [em 2012] e ele ganhou. Nós trabalhamos para o Macron e ele ganhou. Beleza, excelente. Mas tivemos mais de mil clientes na Europa e muitos deles perderam.

O sr. diz que não há varinha mágica, mas que resultado exatamente alguém pode esperar da tecnologia em uma campanha?

O que oferecemos é uma melhor campanha, mais organizada. Se você tem 2%, você vai pra 3% ou 4%. Não 60%. É importante não contar idiotices às pessoas. Está cheio de gente que faz isso. Há muita bobagem sendo dita sobre a eleição do Trump, por exemplo. Ele não ganhou por causa de nenhuma tecnologia de campanha, mas por muitos erros da campanha da Hillary Clinton em termos de mensagem e narrativa sobre ela própria. E depois, ainda por cima, erraram as avaliações sobre os swing states. Como homem de negócios, eu não prometo para ninguém que vai ganhar a eleição. O que eu vendo é uma melhor campanha.

O modelo de targeting surpreendeu muita gente na reta final da campanha de 2012, quando Hollande venceu. O que aconteceu?

Tudo que eu aprendi sobre campanhas eleitorais eu aprendi na campanha de Barack Obama em 2008. Havia duas maneiras de fazer a campanha: fazer mudar de ideia alguém que não ia votar nele ou então fazer ir à urna alguém que não estava querendo ir votar. Um abstencionista em potencial. Sei que no Brasil isso não funciona assim.

Vocês miraram na abstenção em potencial para conseguir os votos.

É mais fácil convencer alguém a ir votar do que fazer alguém mudar de ideia sobre um candidato. Os americanos, quando fazem campanha, eles vão atrás dos abstencionistas. "Vamos atrás do voto." Como eles fazem isso? No porta a porta. É porque o contato direto é o mais eficiente para convencer o eleitor. Toda a literatura científica sobre campanhas diz isso. O porta a porta funciona melhor do que redes sociais, do que telefonemas, do que o que for. Foi isso o que nós importamos para a França.

Como foi com o Hollande...

[Interrompendo] A maneira de fazer campanha na França em 2012 era um pouco como a que eu vejo no Brasil ainda hoje. É muito "old school", pensam que é a televisão que faz tudo ou um pouco de redes sociais. Há muita intuição e pouco dado. É a campanha do fim do século 20. Na França, se você repetir esse método, você vai perder. O que nós propusemos ao Hollande foi a utilização do modelo de targeting e um software para mobilizar as pessoas para fazer a campanha porta a porta. Nós dissemos a ele: "se você fizer isso, você vai ganhar votos; não estou dizendo que é o suficiente para ganhar a eleição, mas vai ganhar votos na campanha. É certo". Hoje, na França, todo mundo utiliza tecnologias como a nossa, ou com pequenas variações. Eu penso que pode funcionar no Brasil.

Mas há diferenças entre os sistemas eleitorais da França e do Brasil, o voto é obrigatório aqui...

Isso, mas há um número crescente de pessoas que não vão votar. Eu vejo muita gente no Brasil interessada no que aconteceu com a campanha do Macron e esse interesse não é primitivo. Não tem varinha mágica. As perguntas que eu escuto aqui são, sobretudo, a respeito do funcionamento do modelo de targeting. Eu não estaria surpreso se essa for a primeira eleição com um importante papel do uso do big data aqui.

Na França, para escolher em que portas bater, vocês têm uma base de dados de cada uma das 65 mil zonas eleitorais. Como funcionaria aqui?

No Brasil há 95 mil zonas eleitorais. Nós construímos uma base de dados para visualizar o mapa de todas as zonas eleitorais no software. A nossa equipe já preparou um conjunto de análise com base nos dados disponíveis no Brasil em função de nível geográfico. Do nacional ao local. Trata-se da segmentação do eleitorado. Depois, quando você está num novo partido, você não tem nada de dado de histórico eleitoral. Mas aí é necessário encontrar indicadores correlatos ao apoio ao seu novo partido porque não há dados históricos. Depois usamos uma metodologia que foi desenvolvida por um professor de Harvard, que nós adaptamos. Com ela, nós somos capazes de dizer com um grau bastante alto de segurança quais são as trajetórias de grupos de eleitores. E finalmente o targeting em si. Imagina que você é um candidato nacional, os dados podem ajudar a definir em que cidade é necessário fazer campanha e, dentro dessa cidade, onde e como.

Em que tipo de decisão os dados fazem diferença mais rápido?

Os dados você usa em dois níveis. Em nível nacional, os dados mostram, por exemplo, onde o candidato deve ir. Num nível local, eles mostram onde podem estar os potenciais voluntários e, assim, indica em que regiões é necessário concentrar o diálogo com os eleitores. O objetivo no final é muito simples: fazer o tempo do candidato e os recursos de campanha serem mais bem utilizados. Seria incrível poder falar com todo mundo na campanha eleitoral, mas não há tempo para fazer isso. Então as escolhas de uma campanha não podem ser aleatórias.

Desde que vocês fundaram a empresa, vocês venderam isso pra 800 candidatos.

Para mil candidatos em seis países. Candidatos nacionais e candidatos em disputas locais.

Como vai ser aqui? Vocês poderão vender o software ou a consultoria a partir dos dados?

O mais provável é vender o software e nos associarmos a empresas brasileiras para oferecer consultoria a candidatos. Os nossos clientes em potencial são partidos, que poderão usar o nosso pacote para vários candidatos. Isso permite uma economia de escala.

Na França ao longo destes 5 anos, vocês venderam o pacote para socialistas, centro-direita, centro. Mas não venderam pra Frente Nacional (extrema-direita), por quê?

Eu sou um capitalista. Eu tenho uma empresa cujo objetivo é vender o máximo de tecnologia possível. O nosso modelo é um modelo apartidário. O nosso trabalho não é dizer que candidato é bom, que candidato é ruim. Mas vender tecnologia de campanha. Nós fizemos uma exceção para a Frente Nacional na França porque acreditamos que a Frente Nacional é terrível para os negócios. Nós tomamos a decisão de não vender pra eles, mas eles também, a bem da verdade, não nos procuraram. Se tivessem vindo, teriam ouvido não.

No Brasil, vocês poderão vender para partidos concorrentes também?

No Brasil, a decisão será caso a caso. O Brasil será a primeira vez que vamos trabalhar fora da Europa.

É factível um candidato extremista chegar ao poder num grande país? Como a Marine Le Pen na França ou o Bolsonaro aqui?

Há um risco verdadeiro a extrema-direita chegar ao poder um dia. Para combater a extrema-direita é necessário que a economia vá bem. Há muita gente que vota nos extremos porque acha que os políticos tradicionais não entende as suas aspirações.

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