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Defesa de Maluf diz que Papuda não fornece medicamentos e reforça pedido de prisão domiciliar

A justiça, contudo, só vai decidir o destino de Maluf após o laudo final do IML e até lá o deputado segue preso.

A defesa do deputado Paulo Maluf (PP-SP) pediu nesta quinta-feira (4) mais uma vez que o político seja transferido para prisão domiciliar em razão de problemas de saúde.

Com 86 anos, Maluf têm câncer na próstata, problemas cardíacos e dores na coluna. Ele foi condenado a sete anos e nove meses de prisão por lavagem de dinheiro desviado da prefeitura de São Paulo.

No pedido assinado pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a defesa reclama que o presídio da Papuda, onde Maluf está preso em Brasília, não oferece condições de custodiar o deputado.

Um dos episódios citados é a falta do fornecimento de remédios para o deputado.

"Tem sido negado acesso ao medicamento manipulado, do qual já fazia uso por recomendação médica, para tratar a fraqueza muscular que o acomete e gera severa dificuldade de locomoção, bem como a execução de atividades elementares do dia a dia. Dessa forma, o requerente encontra-se obrigado a conviver com intensa dor, sem conseguir se locomover adequadamente, restando impossibilitado de realizar suas atividades básicas no Complexo Penitenciário, como, por exemplo, levantar-se da cama sozinho, ir ao banheiro, etc", diz a defesa.

Os advogados de Paulo Maluf questionam ainda a capacidade da Papuda de oferecer tratamento de saúde ao deputado, sobretudo em casos de emergência.

A defesa cita como exemplo a morte de um detento no fim do ano, por problemas cardíacos.

"A citada e alegadamente diligente equipe de saúde, mesmo que existente, estaria disponível apenas para atender os internos durante 7 horas por dia e exclusivamente em dias úteis, o que nem de longe garante o atendimento necessário, sobretudo para pessoas idosas e com histórico de problemas cardíacos. Ora, com o perdão da indignação, é como se os internos só pudessem enfartar em dias e horários certos para terem algum tipo de atendimento médico minimamente razoável", diz a defesa.

O juiz da Vara de Execuções Penais de Brasília, Vinícius Santos Silva, disse que só haverá decisão após o laudo final do Instituto Médico Legal.

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