A promotora do Ministério Público do Rio de Janeiro Letícia Petris, uma das investigadoras da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista Anderson Gomes, afirmou nesta terça-feira (12) que o sargento reformado da PM Ronnie Lessa confirmou, na hora de sua prisão, que fora alertado de uma operação policial para prendê-lo.
Lessa foi preso na saída de sua casa por volta das 4h30 desta terça. Ele mora no condomínio Vivendas da Barra, diante do mar da Barra da Tijuca, mesmo condomínio de alto padrão do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Ele estava com três celulares em modo avião e foi detido já fora de casa.
Em entrevista coletiva, o Ministério Público confirmou que teve de antecipar a operação policial porque houve vazamento de informações para os investigados. Eles estavam sendo monitorados bem de perto porque as promotoras temiam que eles fugissem.
O Carnaval, por exemplo, os dois suspeitos, Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, que é seu compadre, passaram juntos em Angra dos Reis.
"No Carnaval, enquanto trabalhávamos para resolver o caso, eles estavam em Angra dos Reis, em uma casa alugada de alto luxo, andando de lancha", disse a chefe do Gaeco do Rio, Simone Sibílio, na entrevista coletiva.