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Parece que o Doria e o Márcio França não esqueceram NENHUM podre um do outro no debate

“Você é ardiloso”. “Você fez o Alckmin chorar”.

Já dava para ver que o debate na Band entre os candidatos ao governo de São Paulo não seria nada tranquilo quando o mediador disse ao ex-prefeito João Doria (PSDB) e ao governador Márcio França (PSB), ainda durante o primeiro bloco, "espero que vocês cheguem vivos até o final”.

Os dois adversários parecem não ter esquecido NENHUM possível insulto para usar contra o outro.

Márcio França atacou Doria por ele estar tentando se aproximar de Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas para presidente, e por ele ter sido chamado de traidor por seu padrinho político, Geraldo Alckmin (PSDB).

“Eu nao traio as pessoas do meu partido. Eu não passo rasteira nas pessoas do meu partido”, diz França. “O Bolsonaro não tem nada a ver com você”, diz o candidato do PSB, afirmando que Doria é rico e sofisticado e Bolsonaro é uma pessoa simples. #DebateBand em SP

A estratégia de Doria era associar França ao PT e ao ex-presidente Lula.

“Você abrigou comunistas,”, diz Doria a Marcio França. “Que tipo de conselho o sr. ofereceu ao Lula?” O tucano tenta colar a imagem de aliado do PT em França.

França disse que, se fosse dar um conselho a Lula, diria para ele não emprestar dinheiro a Doria. E citou empréstimo de R$ 44 milhões do BNDES para Doria, para ele, segundo França, “comprar um jatinho”.

Doria citou várias vezes a palavra "taxa" para tentar colá-la em França. Disse que França criou taxas em São Paulo e apoia a CPMF.

França é irônico e diz que deve taxar as pessoas que especulam, que “compram rua”, referindo-se ao imóvel de Doria em Campos do Jordão. “Você é o João aproveitador de oportunidades erradas”. “Devolve a rua, João”.

Os candidatos passaram a "acusar" um ao outro de ser rico. Sem dar detalhes, Doria disse que a família de França é dona de "uma ilha" em São Paulo. França diz que “todas as coisas” de Doria são estrangeiras: as roupas, o avião e as creches em sua propaganda.

“É meu o avião”, respondeu Doria, afirmando que não depende de dinheiro público.

“Você diz que tudo que é público não presta”, diz França a Doria. Ele afirma que o funcionalismo não vota no tucano. Minutos antes Doria tinha dito que França deveria sair do serviço público para trabalhar na iniciativa privada, dando a entender que ele não entende de trabalho.

Doria disse que fez a vida “trabalhando duro” — “coisa que você não fez”, completou, dirigindo-se a França.

Quando Doria criticou um projeto de educação do Sesi, proposta de Paulo Skaf (MDB), terceiro colocado na disputa paulista e que declarou voto em França no 2º turno, o candidato do PSB provocou: “Você abandona seus amigos pelo caminho, abandonou Alckmin, e agora fala mal de Skaf”.

“Você é ardiloso”, rebateu Doria. E disse que França aprendeu a agir dessa maneira com "as esquerdas" e com Lula.

“Mais uma vez você vai apunhalar as pessoas que você elogia. Eu conheço você”, disse França. “Você votou no Collor contra o Covas, assume”, continuou, referindo-se à eleição de 1989.

“Você fez o Alckmin chorar, João Doria”, diz Márcio França, que encerra a fala cantando: “se você fosse sincero, João Doria”.

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (18) apontou que Doria tem 53% dos votos válidos, contra 47% de Márcio França.

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