Ocupações se espalham e chegam à maior universidade do Sul

    Alunos da UFRGS informam que ocuparam prédios de 20 cursos. Na UnB, 1.400 tomam a reitoria. Juiz de Brasília autorizou PM a cortar luz, água e até alimentos para desocupar escola.

    As ocupações de estudantes em escolas públicas saltou dos colégios de ensino médio, onde só no Paraná havia 800 prédios tomados, e chegaram às principais universidades do país.

    Na UFRGS, a maior do Sul com mais de 30 mil estudantes, alunos de 20 dos 91 cursos de graduação tomaram conta dos prédios e as aulas formais foram suspensas. A primeira ocupação foi no prédio de Letras na semana passada e, ontem (31), outros 16 cursos aderiram à mobilização de uma vez.

    Na UnB, em Brasília, cerca de 1.400 alunos decidiram ocupar a reitoria da universidade ontem à noite. A pauta é a mesma nas universidades e escolas públicas: contra a PEC do Teto de Gastos e à MP que alterou o ensino médio.

    A UFRGS confirmou que os prédios estão tomados pelos estudantes em pelo menos seis unidades acadêmicas de Porto Alegre e do Campus Litoral. A mobilização dos estudantes se estendeu a áreas como a Faculdade de Educação, Ciências Humanas, Psicologia e Comunicação (Fafico), segundo a reitoria da universidade, que acompanha o movimento sem intervenção.

    "Queremos nos somar aos movimentos de ocupação que estimamos em 1,3 mil em todo o país. A PEC do Teto tem um teor econômico muito pior do pensávamos", afirmou ao BuzzFeed Brasil Christopher Oliveira, 19, aluno de Letras de Porto Alegre.

    Na UnB, na tarde desta terça alunos da Faculdade de Comunicação também aderiram às ocupações. No Distrito Federal, além da UnB são sete escolas da rede estadual de ensino ocupadas.

    No Distrito Federal, o juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e da Juventude, autorizou a desocupação do Centro de Ensino Asa Branca, de Taguatinga.

    Para retirar os 63 alunos do ensino médio que estavam no local, o juiz autorizou que a polícia suspendesse o fornecimento de água, luz e alimentos. Num trecho do despacho, ele autorizou que a PM usasse até instrumentos de som continuamente voltados para os estudantes.


    O caso foi relatado pelo site “Justificando”. A escola foi desocupada nesta manhã e, segundo o governo do DF, sem conflitos.

    Com a ocupação nas escolas públicas, o Ministério da Educação anunciou que, dos 8,6 milhões de inscritos para o Enem, 191.494 terão suas provas adiadas para dezembro. Isso porque das escolas listadas para o exame, que ocorre neste final de semana, 304 estão ocupadas por estudantes.

    O governo ficou de divulgar a lista dos inscritos atingidos pela medida até as 18h desta terça.

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