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Nunca uma família interferiu tanto no poder como os Bolsonaro, diz Joice

"Deveriam deletar o Twitter deles, o Facebook, o Instagram. Deletar tudo. Fiquem quietos. Porque todas as crises que aconteceram entre o Executivo e o Legislativo havia uma participação direta ou indireta de um dos meninos."

"Demitida" da liderança do governo no Congresso Nacional sem aviso prévio, a deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) colocou todas as crises do governo Bolsonaro na conta dos filhos do presidente. Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, ela afirmou que chegou a dizer a Jair Bolsonaro que "fazer um puxadinho do Palácio do Planalto familiar não vai funcionar".

"Deveriam deletar o Twitter deles, o Facebook, o Instagram. Deletar tudo. Fiquem quietos. Porque todas as crises que aconteceram entre o Executivo e o Legislativo havia uma participação direta ou indireta de um dos meninos."


Há mais de uma semana, Joice trava uma guerra de memes e ofensas com dois dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo e o vereador do Rio Carlos. Sobre Carlos, que a provocou com um tuíte de emojis com cara de porco e cobra, ela respondeu com outro, em que havia emojis de veado e rato.

"Confesso que errei. Perdi a paciência. Não tenho sangue de barata. Passei do limite. Isso não vai mais acontecer", disse ela aos entrevistadores.

Se dizendo a "vítima da vez" da perseguição nas redes sociais por parte de bolsonaristas, ela afirmou que há grupos organizados para atacar reputações nas redes sociais.

"Quando você tem assessor de deputado, pago por dinheiro público, fazendo memes e ataques virulentos, sendo bancado com dinheiro público, não parece que isso passe perto da moralidade", afirmou ela.

De acordo com a deputada, os perfis que disseminam fake news contra adversários estão próximos de assessores e dos filhos de Bolsonaro.

"Muita coisa é lenda urbana, mas realmente há um grupo que desde a época da campanha fazia ataques e continua fazendo."

Nos quatro blocos do programa, Joice atacou os filhos de Bolsonaro, mas preservou o presidente. No final, fez um aceno para o deputado Eduardo Bolsonaro, que nesta segunda-feira tornou-se líder do PSL na Câmara. Disse que pode ficar em paz com ele para defender pautas prometidas na campanha.

"Nunca eu e Eduardo seremos amiguinhos de infância. Não precisamos ir ao cinema juntos, comer pipoca juntos", salientou.

"Sou a candidata do PSL"

Apesar do racha no partido, Joice afirmou que a campanha eleitoral de São Paulo no próximo ano já está definida. "Eu sou a candidata do PSL".

Joice se disse preparada, apesar de viver há pouco tempo na capital. Ela é do Paraná. E disse que não tem de escolher, no momento, entre o presidente Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Tirar ministro do Supremo numa lapada

A deputada disse ser contra a CPI da Lava Toga porque, segundo ela, o mais inteligente seria derrubar a PEC da Bengala (aprovada em 2015 passando a idade máxima da Corte de 70 para 75 anos).

"Se a gente derrubar a PEC da Bengala, a gente numa lapada já tira dois, três [ministros]".

Ataques machistas

Joice Hasselmann sempre criticou as feministas e considerou "mimimi" as afirmações sobre machismo. Mas diz que se viu vítima de ataques machistas durante a crise com Bolsonaro.

"Debutei", disse ela, ponderando que seria atacada se fosse homem ou mulher, mas que a forma de ataque é diferente.

Joice disse que encontrou solidariedade na bancada feminina na Câmara e manteve as críticas ao feminismo, dizendo que o melhor seria um "movimento feminino".




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