Michel Temer (PMDB) chamou o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT), que o botou na Presidência no lugar dela, de "golpe". A declaração foi dada logo na abertura do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (16).
"Jamais apoiei ou fiz empenho pelo golpe", disse ele, citando o telefonema que recebeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tentou convencê-lo a se aproximar do governo Dilma durante a crise, para “trazer o PMDB para impedir o impedimento.
“A essa altura, eu confesso, que a movimentação era tão grande, tão intensa, que os partidos já estavam mais ou menos vocacionados, digamos assim, para a ideia do impedimento”, continuou Temer.
“Este telefonema do ex-presidente Lula revela exata e precisamente que eu não era, digamos, adepto do golpe."
A declaração de Temer foi feita depois da pergunta da apresentadora, Daniela Lima, sobre ter ou não arrependimentos por ter assumido a Presidência. Sobre isso, ele disse que gostou da experiência.
A íntegra do programa pode ser conferida aqui.
Nesta terça, nas redes sociais, a palavra "golpe" está nos trending topicis do Twitter, esquentando a polêmica do "foi golpe" ou "não foi golpe" que movimentou o país durante o impeachment (2016).