Em meio à crise do partido de Jair Bolsonaro, o líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), atacou dois filhos do presidente nesta quarta-feira (9). Disse que o deputado Eduardo "está destruindo o partido em São Paulo" e que, se o senador Flávio deixar a legenda, será "um favor" que ele faz para o PSL.
Major Olímpio disse que não aceita "dinastia de filhos" no partido.
"Nós precisamos demais do presidente no PSL e o presidente precisa estar no PSL. Agora, os filhos dele, os apoiadores dele, vai [sic] embora, vai!", disse. "Eu não reconheço dinastia de filho coisa nenhuma. É tão filiado quanto eu".
Em conversa com jornalistas no plenário do Senado, Major Olímpio afirmou que Bolsonaro é um "ícone" para a legenda, mas que "não dá para o partido comungar com conduta do Flávio, do Eduardo".
"Eduardo está destruindo o partido em São Paulo. Eu vou ficar quieto? Não vou. Rompi com o presidente? De jeito nenhum. Vou ficar defendendo o presidente mesmo que ele saia do partido", disse o senador.
A respeito de Flávio, sobre quem pesam denúncias do caso do ex-assessor Fabricio Queiroz, Major Olímpio foi mais incisivo. Questionado sobre uma debandada do PSL, ele respondeu:
"Esvaziar não vai esvaziar. Se sair o Flávio, para mim, é um favor. E acho que para o PSL também."
Olímpio defendeu o presidente do PSL, Luciano Bivar, que foi chamado de "queimado" por Bolsonaro pai quando ele disse a um apoiador para "esquecer" o PSL.
"Sem o Bolsonaro, não tinha o partido que o Bivar preside. E, sem o Bivar, Bolsonaro não era candidato coisa nenhuma. Isso é a grande realidade", disse Major Olímpio, lembrando que Bivar, ao oferecer a legenda para Bolsonaro, saiu da presidência do partido durante a eleição para deixá-lo comandar a legenda.