O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será transferido para o presídio do Tremembé, a 145 quilômetros de São Paulo. O presídio, comum, abriga hoje presos famosos como um dos irmãos Cravinhos (assassinos do casal Richthofen), Alexandre Nardoni (condenado por matar a filha, Isabella), o ex-juiz Rocha Mattos e o médico Roger Adbelmassih.
A decisão do juiz Paulo Eduardo de Almeida Sorci, corregedor de presídios do Tribunal de Justiça de São Paulo, foi tomada nesta terça-feira (7), depois que a juíza da execução penal de Lula em Curitiba, a juíza federal Carolina Lebbos, decidiu transferir o ex-presidente para São Paulo, a pedido da Polícia Federal do Paraná.
A defesa do ex-presidente vai tentar reverter a decisão, que considerou "um intenso constrangimento ilegal" imposto a Lula.
Os advogados do petista pediram que a análise do pedido de transferência feito pela PF fosse suspenso até que fosse julgado um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal. O habeas corpus pede "a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e a consequente nulidade de todo o processo e o restabelecimento da liberdade plena de Lula", segundo nota enviada pelo advogado Cristiano Zanin Martins hoje à imprensa.
No mesma petição, de 8 de julho passado, os advogados pedem que, caso a juíza acolhesse o pedido da PF, que concedesse dependências compatíveis com "sala de Estado Maior", nos mesmo moldes que foram concedidas ao ex-presidente Michel Temer, quando de sua prisão recente.
O pedido foi negado.
"A defesa tomará todas as medidas necessárias com o objetivo de restabelecer a liberdade plena do ex-presidente Lula e para assegurar os direitos que lhe são assegurados pela lei e pela Constituição Federal", afirmou Zanin, na nota.