Candidato derrotado à Presidência da República, o ex-prefeito Fernando Haddad mandou um recado claro ao presidente do PT de São Paulo, Laércio Ribeiro: não quer concorrer à Prefeitura de São Paulo. Nem mesmo a viagem a Paris com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, na semana passada, animou o petista a concorrer ao pleito, como pedem os líderes da legenda.
Em telefonema a Laércio, Haddad afirmou, segundo interlocutores, que não tem mesmo intenção de ser candidato e falou que o partido deve proceder para realizar suas prévias, nas quais os candidatos mais competitivos são o ex-deputado federal Jilmar Tatto e os deputados federais Alexandre Padilha e Carlos Zarattini.
O PT queria Haddad na disputa não só por ser um candidato mais forte internamente e mais conhecido do eleitorado. Caso aceitasse a disputa, ele poderia contar com a ex-prefeita Marta Suplicy como candidata a vice, uma vez que a ex-petista voltou a ter boas relações com a legenda, depois de anos de brigas. Ela saiu do PMDB e ainda não escolheu um partido para se filiar.
Haddad também atrairia o apoio do PSOL, já que mantém relações estreitas com o principal líder do partido, Guilherme Boulos.
Agora, o PT se vê sem um candidato competitivo e com a missão de tentar garantir ao menos o apoio do PDT na eleição deste ano. O partido de Ciro Gomes flerta com a candidatura do ex-governador Márcio França (PSB) a prefeito de São Paulo.