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Estes são os políticos paulistas que o Ministério Público quer investigar por causa da Odebrecht

Tem petista, tucano e até o Ey-ey-eymael, o democrata cristão.

O Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo pediu a abertura de 12 inquéritos para investigar supostos crimes envolvendo políticos e obras de São Paulo.

As investigações, que serão feitas pela Polícia Federal no estado, fazem parte da Lava Jato e são fruto das delações dos executivos da Odebrecht.

Os procuradores de São Paulo pediram ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a criação de uma força-tarefa para se dedicar aos desdobramentos da Lava Jato em São Paulo.

Os inquéritos são sobre doações de campanha em caixa dois ou recebimento indevido de propina.

Entre os investigados estão tucanos e petistas, como o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), o atual presidente da Cohab, Edson Aparecido (PSDB), o ex-senador José Aníbal (PSDB) e o ex-deputado José Genoino (PT).

As petições com as denúncias foram enviadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao MPF.

Os casos vieram para a primeira instância porque nenhum dos suspeitos tem prerrogativa de foro especial. No caso de governadores, o foro é o Superior Tribunal de Justiça. Ministros e congressistas têm foro no Supremo Tribunal Federal.

Vejam quais os pedidos de inquérito, as investigações e os investigados:

Petição 6654: Jose Ricardo Franco Montoro (PSDB) e Felipe Monto Jens (Odebrecht)

Ricardo Montoro é suspeito de receber repasse indevido de dinheiro da Odebrecht para sua campanha de deputado federal em 2010. O dinheiro teria sido intermediado por seu sobrinho, Felipe Montoro Jens, então diretor da construtora. As acusações constam das delações de Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Júnior.

O que dizem os Montoro: Em nota divulgada na época da denúncia do STF, o executivo Felipe Montoro Jens disse que nunca pediu dinheiro para a campanha dos tucanos, tampouco como caixa dois. O ex-deputado Ricardo Montoro ainda não foi localizado.

Petição 6669: Fernando Haddad (PT) e João Santana (marqueteiro)

Os delatores Emílio Odebrecht, MarceloOdebrecht e Alexandrino Alencar afirmaram que repassaram dinheiro para o ex-prefeito para ter aprovadas medidas municipais que favorecessem a construtora. Eles afirmaram ter feito repasses de dinheiro para o marqueteiro João Santana para pagar a dívida de campanha do PT que elegeu Haddad em 2012.

O que diz Haddad: Fernando Haddad negou ter recebido dinheiro da Odebrecht para favorecer a construtora e pagar dívidas de sua campanha. Em maio, o publicitário João Santana, que se tornou delator, afirmou que recebeu dinheiro da empresa para quitar a dívida que a campanha havia deixado com ele.

Petição 6696: Alexandre Padilha (PT)

Com base na delação de Alexandrino Alencar, o MPF quer investigar a denúncia de que Padilha, que foi ministro dos governos de Lula (Relações Institucionais) e de Dilma (Saúde), de ter recebido R$ 1 milhão da Odebrecht para a campanha ao governo de São Paulo, em 2014.

O que diz Alexandre Padilha: O BuzzFeed ainda não conseguiu ouvir Padilha sobre o pedido de inquérito do Ministério Público Federal. Assim que isso ocorrer, este post será atualizado.

Petição 6698: José Genoino (PT)

Ex-presidente do PT condenado no julgamento do mensalão, José Genoino foi citado por dois delatores da Odebrecht. Alexandrino Alencar, o diretor de relações institucionais da companhia que era muito próximo do ex-presidente Lula, disse que foram feitos pagamentos a ele em virtude de se encontrar em "dificuldade financeira." Outro delator Carlos Armando Paschoal, o Cap, que cuidava dos interesses da empreiteira junto a políticos de SP, disse que ele também recebeu "pagamentos indevidos" durante a eleição de 2010.

O que diz José Genoino: O BuzzFeed ainda não conseguiu ouvir Genoino sobre o pedido de inquérito do Ministério Público Federal. Assim que isso ocorrer, este post será atualizado.

Petição 6721 - José Maria Eymael (PSDC)

Conhecido pelo jingle-chiclete Ey-ey-eymael, o eterno presidenciável democrata cristão foi acusado por dois delatores de embolsar R$ 50 mil da Odebrecht no caixa dois.

O que diz Eymael: Quando a delação da Odebrecht se tornou pública, Eymael disse que não recebeu nem autorizou ninguém a receber, do Grupo Odebrecht ou de qualquer outra fonte, "recursos ilegais e incapazes de serem declarados à Justiça Eleitoral."

Petição 6731 - Edson Aparecido (PSDB)

O tucano Edson Aparecido, hoje presidente da Cohab da prefeitura de João Doria, é suspeito de ter recebido R$ 50 mil, no caixa dois, da Odebrecht. O dinheiro foi pago a ele na eleição de 2010, de acordo com os delatores Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, e Carlos Armando Paschoal, o Cap, que operava os interesses da empreiteira em São Paulo.

O que diz Edson Aparecido: O BuzzFeed ainda não conseguiu ouvir o presidente da Cohab sobre o pedido de inquérito do Ministério Público Federal. Assim que isso ocorrer, este post será atualizado.

Petição 6804 - João Paulo Cunha (PT)

Ex-presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha foi condenado e cumpriu pena no mensalão. Agora, ele voltou ao foco de interesses dos investigadores depois que dois executivos da Odebrecht relataram o pagamento de R$ 50 mil a ele, durante a campanha de 2010. Segundo os delatores, o dinheiro foi caixa 2.

O que diz João Paulo Cunha: O BuzzFeed ainda não conseguiu ouvir o ex-deputado sobre o pedido de inquérito do Ministério Público Federal. Assim que isso ocorrer, este post será atualizado.

Petição 6815: Deputado Barros Munhoz (PSDB)

Os depoimentos de dois delatores da Odebrecht, o lobista Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, e de Carlos Armando Paschoal, o Cap, que operava os interesses da empreiteira em São Paulo, indicam que Barros Munhoz recebeu R$ 50 mil da empreiteira. O dinheiro foi pago, segundo os delatores, em 2010, ano em que Barros Munhoz era presidente da Assembleia Legislativa de SP e tentava a reeleição como deputado estadual.

O que diz Barros Munhoz: Na ocasião que a acusação veio à tona, Barros Munhoz disse que jamais foi acusado de qualquer irregularidade e que cada uma das nove eleições que disputou teve suas contas aprovadas pela Justiça Eleitoral.

Petição 6844: José Aníbal (PSDB)

Os depoimentos de dois delatores da Odebrecht, o lobista Benedicto Barbosa da Silva Júnior, o BJ, e de Carlos Armando Paschoal, o Cap, que operava os interesses da empreiteira em São Paulo, indicam que o então deputado federal José Aníbal recebeu em 2010 R$ 50 mil do setor de operações estruturadas, que mais tarde veio a ficar conhecido como o departamento da propina da Odebrecht. Atualmente o tucano José Aníbal é suplente do senador José Serra (PSDB) e presidente do Instituto Teotônio Vilela, a entidade de estudos do PSDB.

O que diz José Aníbal: Quando a delação da Odebrecht se tornou pública em abril, José Aníbal disse que as afirmações de Carlos Armando Paschoal são "uma mentira" e "uma calúnia." Ele disse que nunca procurou nem recebeu nenhum representante da Odebrecht quando era candidato ou depois, quando era secretário do governo Alckmin ou senador (substituindo José Serra). Segundo ele, a doação de R$ 50 mil da Odebrecht não está na prestação de contas porque não existe.

Petição 6705: Francisco Chaves

Francisco Chaves é investigado por, segundo os delatores Carlos Armando Guedes Paschoal e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ter recebido R$ 30 mil em caixa dois para a campanha eleitoral de 2010.

Petição 6845: Acordo judicial da Rodovia Carvalho Pinto, governo de São Paulo

O delator Carlos Armando Guedes Paschoal afirma que a Odebrecht pagou propina em contrapartida a um acordo judicial sobre a construção da Rodovia Carvalho Pinto.

Petição 6637: Obras da Linha 2 do Metrô de São Paulo

Os delatores Fábio Gandolfo, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Celso Fonseca Rodrigues, Arnaldo Cumplido de Souza e Carlos Armando Guedes Paschoal afirmaram que a Odebrecht pagou propina a agentes públicos na consntrução da linha dois do metrô. Eles fizeram denúncias diretas ao então governador paulista José Serra que, por ser senador e ter prerrogativa de foro, será investigado diretamente pela Procuradoria-Geral da República.

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