O humorista Danilo Gentili reagiu à hashtag criada para pressioná-lo a convocar seus seguidores para o ato pró-Bolsonaro marcado para domingo (26) em algumas cidades do país. Para ele, a hashtag #chamaGentili é uma forma de intimidação.
Gentili e outros influenciadores associados à direita, como os líderes do MBL, o cantor Lobão e a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), estão sendo criticados porque não se posicionaram ou porque falaram contra as manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
"Sendo assim a única coisa que vou chamar é vocês de filhos da puta. Vão patrulhar e intimidar a mãe de vocês na zona. É isso que vocês conseguem sendo esse monte de escroto truculento que são. Vão tomar no cu e aprendam a ser gente."
Gentili disse que a hashtag estava sendo bombada por perfis falsos ligados a grupos bolsonaristas mais extremistas. Ele ironizou que usaria um perfil falso para convocar os seguidores, mas que mudou de ideia ao deparar com a pressão de "cavaleiros templários". E se disse um "agente globalista da mídia".
Muitos apoiadores do presidente foram para cima de Gentili, dizendo que ele estava dando um chilique.
O humorista, que tem 17,3 milhões de seguidores, também recebeu apoio. E, apesar de ter dito que a hashtag foi tunada por perfis fakes, teve gente graúda do bolsonarismo pressionando para que ele declarasse apoio à manifestação do dia 26. Um deles é o Alexandre Pacheco, colunista do Terça Livre, um dos meios de comunicação que mais apoiam Bolsonaro.
Ele pediu, no Twitter, que as pessoas retuitassem "loucamente" a hashtag. Seu tuíte teve 2,8 mil curtidas e quase 900 retuítes.
O desabafo de Gentili é só mais um lance na briga gigante dentro da direita por causa do ato de apoio ao presidente. Tanto que o MBL, que está sofrendo ataques por não apoiar a manifestação, retuitou a reclamação do humorista.