Depois que o brasileiro radicado nos Estados Unidos Jonatan Diniz, 31, disse que havia planejado sua prisão pelo regime de Nicolás Maduro na Venezuela, movimentos de direita disseram ter sido vítimas de uma "fraude" e pessoas que o haviam apoiado manifestaram revolta nas redes sociais.
O MBL (Movimento Brasil Livre), que fez uma campanha pela libertação de Diniz, o chamou de "charlatão".
"O MBL vem por meio desta pedir desculpas para seus seguidores por tê-los envolvido na campanha para libertar um charlatão desonesto que envergonha o país. E lamenta, também, pelo incansável trabalho de seus ativistas que batalharam durante o Natal e o Ano Novo divulgando a arbitrariedade cometida pela ditadura de Maduro."
Diniz, que disse ter viajado à Venezuela para distribuir alimentos e brinquedos para crianças pobres, afirmou em um vídeo, após sua libertação, que havia provocado sua prisão em Caracas, no dia 27 de dezembro, para chamar a atenção para sua ONG, que ainda estava em constituição formal no Brasil, chamada Time to Change.
"Fui para a cadeia justamente porque eu queria ir para a cadeia."
Quando o brasileiro ainda estava preso, Kim Kataguiri, líder do MBL, chamou o trabalho de Diniz de "linda ação" e criticou o que considerou inação do governo brasileiro.
As críticas a Diniz não param de crescer nas redes sociais de ativistas de direita. Páginas como O Reacionário e Jornalivre o chamam de "playboy" e "golpista".
E até a OAB de Balneário Camboriú, onde vive a família de Jonatan, pediu desculpas pelo engajamento na campanha pela libertação do brasileiro.
O BuzzFeed News tentou falar com a família de Diniz no Brasil, mas ainda não obteve retorno. Jonatan está nos Estados Unidos, onde mora.