A Polícia Federal deflagou na manhã de hoje a operação Circus Maximus, que investiga o pagamento de propinas a dirigentes e ex-funcionários do Banco Regional de Brasília (BRB) para a liberação de recursos a grupos empresariais. Entre os empreendimentos que teriam sido beneficiados com os recursos está o antigo Trump Hotel, hoje LSH Lifestyle, no Rio de Janeiro.
Há um mandado de prisão contra Paulo Renato Figueiredo Filho, neto de João Baptista Figueiredo, último presidente do período da ditadura militar no Brasil (1979-1985).
Ele se associou ao grupo empresarial de Donald Trump (Trump Organization) para a exploração de um hotel no Rio de Janeiro que levou o sobrenome do presidente dos Estados Unidos.
A exploração da marca, no entanto, deixou de ser usada em 2016, quando as empresas de Trump saíram do negócio após notícias de investigação sobre o empreendimento no Brasil.
Além de Figueiredo, há também mandatos de prisão contra Diogo Cuoco, um dos filhos do ator Francisco Cuoco. A filha dele, Adriana, também é investigada.
A operação é um dos desdobramentos da Greenfield, do Ministério Público Federal.
A existência de um esquema de pagamento de propinas para a liberação de recursos no BRB surgiu com as delações premiadas de ex-executivos da Odebtecht, do operador do MDB Lúcio Funaro e do empresário Ricardo Siqueira, que foi sócio do neto de Figueiredo no antigo Trump Hotel.
Do BRB, estão entre os alvos da investigação os ex-diretores Marco Aurélio Monteiro de Castro e Nilban de Melo Júnior.
O ex-presidente da instituição, e hoje presidente do Banco do Estado do Espírito Santo, Vasco Cunha Gonçalves.