Atualização (11h de 15/10/2019): o post foi atualizado com informações sobre os mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Luciano Bivar, presidente do PSL.
O PSL era um partido nanico, sem relevância no cenário político brasileiro, mas ganhou na loteria quando Jair Bolsonaro assinou a filiação na sigla para disputar a Presidência.
Ganhar na loteria não é uma mera expressão: com 50 deputados eleitos na carona de Bolsonaro, o PSL viu seu fundo partidário saltar de R$ 17 milhões por ano para quase R$ 200 milhões na eleição de 2020.
E tem muito mais: o PSL deve receber até R$ 730 milhões, somando fundo partidário e verbas eleitorais para as campanhas de 2020 e 2022.
Para atrair Bolsonaro, o cacique do ex-pequenino PSL, Luciano Bivar, topou passar o comando do partido à família do candidato durante a eleição. ATENÇÃO: SÓ DURANTE A ELEIÇÃO.
Passada a votação, Bivar voltou pro comando do partido ($$$) e o amor virou RANÇO. No vídeo abaixo, o presidente manda um apoiador para esquecer o PSL e diz que Bivar está "queimado".
Por um lado, Bivar e seu grupo entendem que deram um golpe de mestre ao transformar o minúsculo PSL numa potência financeira...
Já Bolsonaro e filhos acreditavam que conseguiriam derrubar Bivar e ficar no controle dos recursos do PSL (só que não conseguiram até agora...)
A ala ligada ao "queimado" Bivar fez uma proposta: os incomodados que se retirem da sigla, sem perder o mandato, mas sem brigar pelos recursos para eleições.
Partidários de Bolsonaro pediram uma auditoria nas contas do PSL. Bivar trucou: pediu uma auditoria nas contas da campanha do presidente...
Atualização (11h de 15/10/2019):
A Polícia Federal está cumprindo mandados e busca e apreensão, na manhã desta terça, em endereços ligados a Luciano Bivar. A ação da PF faz parte da investigação sobre o suposto esquema de candidatos-laranjas do PSL revelado pela Folha.
O advogado de Bivar divulgou nota em que manifesta "estranheza" pelo fato de ação acontecer neste momento — em que o deputado federal está brigando com o presidente Bolsonaro —, sendo que "o inquérito já se estende há 10 meses".